A World Wide Web passou por várias transições ao longo de sua história e continua a evoluir até hoje. Com o interesse na Web 3.0 ganhando força à medida que a tecnologia blockchain e a segurança se tornam cada vez mais populares, é importante olhar para as gerações anteriores para entende-las e saber diferenciá-las.
A primeira geração da web, às vezes referida como Web 1.0, foi definida originalmente por Tim Berners-Lee em 1989. Na altura, a conectividade era básica. No entanto, o conceito cresceu com a criação do navegador web, permitindo que usuários regulares visualizassem facilmente páginas da web.
A web1.0 foi relativamente estática, com quase nenhum conteúdo em vídeo disponível e um formato de página que não se afastava da formatação usada para uma página impressa. Tudo isso mudou por volta de 2004 com o advento da Web 2.0, a segunda geração da web.
A primeira geração da web foi relativamente estática, com quase nenhum conteúdo em vídeo disponível e um formato de página que não se afastava da formatação usada para uma página impressa. Tudo isso mudou por volta de 2004 com o advento da Web 2.0, a segunda geração da web.
O que é a Web 2.0?
A Web 2.0 definiu a internet como um novo meio de comunicação. Em vez de apenas sites estáticos que impeliam informações para os utilizadores, a Web 2.0 introduziu novas formas de interactividade. Conceitos como blogs se tornaram populares, e as redes sociais começaram a surgir com Friendster, MySpace e, eventualmente, Facebook.
Uma série de tecnologias originaram o surgimento da Web 2.0. Entre elas está uma abordagem tecnológica conhecida como Ajax (Asynchronous JavaScript e XML) e o CSS (Cascading Style Sheets).
O Ajax foi popularizado pela primeira vez pelo Google Maps, mudando completamente a forma como a web funcionava. Ao invés de mostrar apenas um mapa plano e estático, o Ajax permitiu aos usuários do Google Maps ampliar, rolar e manipular a imagem do mapa.
O CSS é outra característica definidora da Web 2.0. No começo da web, desenvolvedores tinham que formatar páginas com tabelas, o que não dava muito controle. No início dos anos 2000, o CSS tornou-se mais comum e mais poderoso, permitindo layouts de design complexos que mudaram a aparência da web
O que é a Web 3.0?
Existe uma falta de clareza em torno do termo Web 3.0, também às vezes chamada de Web3, pois ainda é um espaço emergente muito vagamente definido. Há até debates sobre quando o termo foi cunhado. Berners-Lee usou o termo Web 3.0 para descrever o que ele chamou de Web Semântica em 2006, enquanto o cofundador da Ethereum Gavin Wood usou pela primeira vez o termo Web3 em 2014 no contexto das criptomoedas.
Ao longo dos anos, o World Wide Web Consortium (W3C) tem trabalhado para estabelecer padrões que visam fornecer novas abordagens para ligar dados e conteúdo entre si. Em vez de apenas vincular conteúdo com base em palavras-chave, uma camada semântica pode ser informada por inteligência artificial (IA) para ajudar a conectar os dados e os sites.
Neste sentido, o termo Web 3.0 vai muito além dos conceitos centralizados apresentados pela W3C, como conectividade que é a base tanto da Web 1.0 quanto da Web 2.0. A Web 3.0 é construída sobre o conceito peer-to-peer e um consenso baseado em algoritmos como base. Uma parte fundamental deste consenso distribuído para a Web 3.0 vem da tecnologia blockchain.
Assim, parte do impulso para a descentralização com a Web 3.0 também integra criptomoedas, que fornecem outra opção para pagamentos e transferência monetárias. Além disso, o conceito de Tokens Não Fungiveis (NFTs) fornece outra maneira de criar, gerir e possuir activos a partir da tecnologia blockchain.
O uso de IA para permitir fluxos de trabalho, automação e experiência geral do usuário é outra marca fundamental do mundo emergente da Web 3.0. A IA ajuda a permitir a escalabilidade e o desempenho da própria web, além de alimentar novas formas de busca e interações inteligentes.
Diferença entre Web2.0 e Web 3.0
O mundo da primeira geração ou Web 1.0 era na maioria estático. Com a Web 2.0, a Internet se tornou dinâmica e social. Já com a Web 3.0, a internet ficará mais inteligente e distribuída do que nunca. Alistamos abaixo algumas características para especificar as principais diferenças entre a Web 2.0 e a Web 3.0.
Características da Web 2.0
- Centralizada – A entrega de aplicativos, os serviços em nuvem e a plataforma são regidos e operados por autoridades centralizadas.
- Moeda fiduciária – Pagamentos e transacções ocorrem com moeda emitida pelo governo, como o Kwanza.
- Cookies. O uso de cookies ajuda a rastrear usuários e fornecer personalização.
- CSS e Ajax. A Web 2.0 é definida por tecnologias de layout que fornecem mais controle dinâmico do que a Web 1.0.
- Bancos de dados relacionais – Os bancos de dados sustentam o conteúdo e os aplicativos da Web 2.0.
- Redes sociais – A Web 2.0 inaugurou a era das redes sociais, incluindo o Facebook.
Características da Web 3.0
- Descentralizada – Computação de ponta, peer-to-peer e consenso distribuído tornam-se cada vez mais a norma da Web 3.0.
- Criptomoeda – As transações podem ser financiadas com moedas digitais criptografadas, como Bitcoin e Ethereum.
- NFTs – Os usuários podem obter tokens exclusivos, com um valor específico atribuído a eles ou traz alguma forma de benefício.
- IA – Tecnologia mais inteligente e autónoma, incluindo aprendizado de máquina e IA, definirá a Web 3.0.
- Blockchain – Web 3.0 faz uso da tecnologia de contabilidade imutável blockchain.
- Mundos no Metaverso – Com a Web 3.0, mundos no Metaverso surgirão fundindo realidade física, virtual e aumentada
Resumidamente, a Web2 é a segunda e actual geração da Internet que introduziu a funcionalidade interactiva, e é com ela que estamos familiarizados hoje. À medida que a Web continua a evoluir, a terceira geração, também conhecida como Web3, está sendo desenvolvida activamente, com sistemas descentralizados que falaremos na segunda parte deste artigo.
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