A adopção do Bitcoin tem vindo a aumentar no Afeganistão após a capital do país, Cabul, ter sido tomada pelo grupo Talibã no dia 15 de Agosto.
Após a queda de Cabul, o Bitcoin passou a servir de alternativa para vários afegãos que buscam estabilidade financeira face a escassez de dinheiro e ao aumento dos preços dos produtos.
De acordo com a repórter MacKenzie Sigalos da CNBC, a busca de soluções alternativas como as criptomoedas deve-se a escassez de dinheiro em todo o país, ao encerramento das fronteiras e a desvalorização da moeda local, todos eles episódios registados e alguns agudizados após a queda da capital.
Bitcoin em meio a crise no Afeganistão
A repórter da CNBC observa que, nesta altura, as criptomoedas, dada a sua natureza digital, têm sido a solução mais procurada pelos afegãos que buscam sair a todo custo do país.
Contudo, alguns cidadãos estão a utilizar o Bitcoin não apenas para conseguir sair do país, mas para salvaguardar, construir e preservar os fundos que têm em moeda fiduciária, de modo a conseguirem sair do país com todas as suas economias, garantindo assim a sua soberania financeira.
Há ainda um outro grupo de usuários de Bitcoin no país. Estes, ao contrário dos já citados, têm apostado no mercado de criptomoedas na tentativa desesperada de verem aumentadas as suas economias durante esta crise.
Mercado de criptomoedas está em franco crescimento no Afeganistão
O relatório da Chainanalysis referente ao Índice Global de Adopção de Criptomoedas em 2021 mostra que o Afeganistão está em 20° lugar em termos de adopção geral de criptomoeda entre os 154 países avaliados. Ou seja, o país está favoravelmente posicionado no mercado.
Mas, este não é o único indicador do quão forte o mercado de criptomoedas é na nação persa. Porque, se considerarmos o volume de negociação de criptomoedas na modalidade ponto-a-ponto (P2P), a classificação do país salta para o 7° lugar.
Estes números representam um grande crescimento do mercado afegão de criptomoedas num período de apenas um ano.
Para que se tenha ideia, em 2020 os números referentes ao uso de criptomoedas no Afeganistão eram tão baixos que o estudo da Chainalysis daquele ano excluiu o país da sua classificação, mas neste ano a nação persa já figura entre os maiores.
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