O Fundo Monetário Internacional diz estar pronto para trabalhar com a Nigéria para melhorar a sua moeda digital do banco central, o eNaira, e partilhar a sua experiência com a maior economia e cripto-economia do continente africano.
O Departamento de Mercado de Capitais e Monetário do Fundo Monetário Internacional (FMI) está actualmente a trabalhar no processo de implementação do e-Naira na Nigéria e também na análises da sua configuração regulatória.
O FMI observa que as carteiras e-Naira podem diminuir a demanda de depósitos nos bancos comerciais, na medida em que elas podem ser percebidas, ou até mesmo funcionar efectivamente, como um depósito no banco central.
A instituição aponta, no entanto, alguns dos riscos com os quais o e-Naira terá de lidar com cuidado. Dentre os quais constam: a implementação da política monetária, cibersegurança, resiliência operacional, integridade e a estabilidade financeiras.
Segurança do serviço eNaira
Sobre a questão da segurança, o FMI reconhece que o país já adoptou algumas medidas para mitigar os riscos de crimes financeiros como a lavagem de dinheiro, tais como a sujeição das transferências e dos depósitos bancários do eNaira a limites diários e de saldo para diminuir o risco de crimes financeiros.
O banco central nigeriano implementou também outras políticas que ajudam a limitar as actividades ilícitas como é o caso da verificação de identidade em camadas e a utilização de duras regras aos usuários relativamente menos verificados.
Actualmente, por exemplo, conforme o sistema de verificação das carteiras eNaira, os usuário de categorias inferiores têm transacções e limites mais restritos, por sua vez, os usuários de categorias superiores não podem manter mais de 5 milhões de nairas (cerca de 7 milhões de kwanzas) nas suas contas.
Desde o seu lançamento a 25 de Outubro deste ano, cerca de 500.000 pessoas baixaram a carteira e-Naira e perto 150.000 mil dólares em transacções já foram registadas.