A Suécia está na encruzilhada de optar por usar eletricidade para projetos de criação de empregos ou mineração de Bitcoin. O dilema pode ser difícil para este país do norte da Europa tomar uma decisão sábia.
Em uma entrevista recente à Bloomberg, Khashayar Farmanbar, ministro da Energia da Suécia, afirmou que é mais importante oferecer eletricidade para projetos de criação de empregos, como usinas siderúrgicas, do que para empresas de mineração de Bitcoin que consomem grandes quantidades de energia.
“Precisamos de energia para coisas mais úteis do que o Bitcoin, para ser honesto”, disse Farmanbar na entrevista publicada na mídia Bloomberg no sábado.
No mês passado, o governo sueco solicitou à agência de energia – agência governamental responsável pelo fornecimento e uso de energia no país – que rastreasse quanta eletricidade é usada para infraestrutura digital, com foco na mineração de criptomoedas.
No entanto, Farmanbar se recusou a falar sobre quais medidas a agência de energia poderia tomar para limitar a mineração de criptomoedas. O relatório mostra que o ministério da energia pode priorizar novos usuários de energia com base em sua capacidade de beneficiar a sociedade por meio da criação de empregos.
De acordo com a Agência de Energia da Suécia, a mineração de criptomoedas não entra em discussão quando o setor manufatureiro é considerado. A mineração de Bitcoin é considerada como não criando tantos empregos quanto outros setores, e seu consumo de energia é uma grande ameaça ao bem-estar social.
Outra opção que o Ministério da Energia poderia considerar introduzir é o cancelamento de incentivos fiscais para data centers específicos. A agência inicialmente projetou esses impostos para empresas tradicionais como Microsoft e Meta Platforms. Como resultado, as empresas de mineração também se beneficiaram de tais incentivos por padrão, mas é provável que isso mude.
Protegendo o Ambiente
Em janeiro, funcionários do governo sueco pediram à UE que proibisse métodos de mineração de criptomoedas com uso intensivo de energia à prova de trabalho, como os usados ??pelo Bitcoin.
As autoridades disseram que tais atividades não podem ser toleradas em um momento em que todos os países ao redor do mundo precisam urgentemente reduzir seu consumo de energia para combater a ameaça climática.
O governo argumentou que a mineração de Bitcoin é ruim para o clima e os esforços mundiais para converter o sistema global de energia em renováveis. Segundo a Suécia, a produção de Bitcoin utilizando fontes renováveis ??não é ecologicamente correta.
Meses antes da proposta da Suécia, a China, que dominava o setor de mineração de criptomoedas, mudou e proibiu a mineração no país. Com a mudança da China, os mineradores migraram para o mundo todo em busca de eletricidade barata e um ambiente regulatório mais amigável. Atualmente, os EUA lideram a maior parte do mercado global de mineração, seguidos pelo Cazaquistão e pela Rússia. Mas o uso de energia entre os mineradores de criptomoedas nessas nações ainda é um grande problema.
LEIA TAMBÉM