A Ripple agiu contra o YouTube em abril, responsabilizando a plataforma pelos diversos vídeos que usavam seu logotipo e a imagem do CEO, Brad Garlinghouse, para promover golpes que pedem às vítimas que enviem XRP para se qualificarem para uma quantia maior que, é claro, nunca chega.
O YouTube entrou com uma moção para indeferir a ação em julho, argumentando que não se envolveu conscientemente em nenhum golpe e que, como plataforma online, não pode ser responsabilizado por conteúdo de terceiros.
Mas em uma resposta à moção do YouTube, apresentada na terça-feira, Ripple contestou essa reivindicação.
A empresa de pagamentos blockchain argumentou que os 350 avisos de remoção que enviou ao Youtube significam que sabia tudo sobre os golpes, mas optou por não agir, ou apenas o fez semanas ou meses depois.
O YouTube é acusado de “cegueira intencional”, com a Ripple alegando que desconsiderou ou ignorou avisos explícitos sobre os golpes que acontecem em sua plataforma. Na pior das hipóteses, vários golpe eram enviados ao Youtube todos os dias, alguns recebendo dezenas de milhares de visualizações em questão de horas.
A Ripple afirma que os usuários foram defraudados em milhões de XRP, no valor de centenas de milhares de dólares, e que a empresa sofreu sérios danos à reputação como resultado da omissão do YouTube. O processo também alega que o YouTube lucrou com a receita de anúncios dos vídeos fraudulentos e “contribuiu materialmente” para a situação, dando um “visto” verificado a um dos canais gratuitos.
A Ripple não é a única empresa que acusa o YouTube de não fazer o suficiente para impedir esses golpes. O fundador da Apple, Steve Wozniak, também está a buscar indenização punitiva da plataforma por vídeos de golpes de bitcoin que também usaram sua imagem.
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Fonte de apoio ao texto: Coindesk