Após a exposição amplamente divulgada do caso da Mirror Trading International (MTI) na África do Sul, a Autoridade de Conduta do Sector Financeiro sul-africana, FSCA, procura aumentar a rigorosidade no controlo das transações de criptomoedas nas terras de Mandela.
Em declarações à Bloomberg, Brandom Topham, chefe de fiscalização da Autoridade de Conduta do Sector Financeiro, disse que a FSCA está trabalhar em novas propostas regulatórias para ordenar o comércio de criptomoedas no país. Durante a entrevista, Topham disse:
No momento em que algo se torna um esquema Ponzi, perdemos a nossa jurisdição. Precisamos que a polícia e a autoridade do Ministério Público trabalhem rápido e ponham as pessoas na prisão
Brandon Tophan – Via Bloomberg
Estas declarações surgem num período em que estão em andamento as investigações sobre o caso MTI, caso de cripto fraude que terá lesado mais de 23 mil bitcoins a 280 mil membros na África do Sul.
Segundo os media locais, as autoridades ainda não apuraram se trata-se de facto de um esquema ponzi, uma vez que a MTI terá apenas transacionado criptomoedas e não propriamente incorrido a estes crimes. As limitações jurisdicionais actuais impedem o governo sul-africano de verificar a fundo a questão, tal como observou Tophan.
Precisamos dar um exemplo à MTI para que as pessoas entendam que investir em num esquema ponzi nunca é uma boa ideia.
Brandon Tophan – Via Bloomberg
No ano passado, a FSCA publicou um projecto de aviso de declaração de activos criptográficos como um produto financeiro. A classificação foi uma solução provisória para limitar alguns dos riscos imediatos aos consumidor e capturar imediatamente intermediários na indústria das criptomoedas no país.
Agora, enquanto as novas regras não chegam, tudo o que os sul-africanos podem fazer é torcer para que as referidas propostas sejam amigáveis para as muitas empresas de criptomoedas já enraizadas na África do Sul e ajudem a expandir ainda mais a indústria ao invés de paralisá-la.
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