Há muita negociação de Bitcoin e outros criptoactivos a acontecer na Nigéria por meio de plataformas como o Telegram e o WeChat. E estas actividades não são registadas pelas exchanges.
Segundo um meio de comunicação local, mais de 100 milhões de dólares em Bitcoins estão a ser negociados em aplicativos de conversa como o WeChat e Telegram mensalmente.
Ao que parece, os usuários de criptoactivos estão a inclinar-se aos canais mais simples que filtram os processos técnicos das exchanges
Aparentemente, existem três tipos de plataformas de negociação de criptoactivos no país:
- As plataformas formais como o Luno estão a registar cerca de milhões de dólares em transações diárias.
- As as plataformas semi-formais, que correspondem às plataformas de negociação ponto-a-ponto como a Paxful, LocalBitcoins e Remitano, estão a registar até 18 milhões de dólares por semana.
E por fim, há as plataformas informais, compostas pelos aplicativos de conversa mencionados anteriormente.
Por meio do Telegram e do WeChat, milhares de usuários têm negociado criptoactivos activamente em grupos ou por meio de conversas individuais.
Na verdade, algumas das negociações acontecem no Instagram e nas lojas do WhatsApp, onde as transações são iniciadas e finalizadas.
O WhatsApp representa a maior parte do comércio em curso no país e, como a Nigéria responde por 50% do volume do comércio semanal registado na África Ocidental, estas actividades indicam que ainda há muito espaço para as exchanges ampliarem o seu alcance.
Para ampliarem o alcance, as exchanges poderiam, por exemplo, simplificar o processo de registo, garantir fundos, bem como criar recursos de negociação facilmente compreensíveis, podendo assim atender o grande número de indivíduos que preferem negociar fora destas plataformas.
No entanto, para as empresas pequenas, estes canais informais são bastante úteis. Já para as grandes empresas, efectuar transações por meio destas plataformas não parece ser muito eficiente.
Uma das razões da ineficácia deste procedimento para as grandes empresas é o facto deste processo exigir, nas grandes empresas, manter contato com vários fornecedores, documentar as transações com precisão e procurar empresas com o fornecimento de Bitcoin necessário para realizar a transação com sucesso.
Estes dados demonstram que uma proibição dos criptoactivos na Nigéria pode não ser tão eficaz conforme o governo espera. Porque, os nigerianos estão sempre a procurar o maior número possível de plataformas descentralizadas e simplificadas para continuar com os seus negócios.
De recordar que o Banco Central da Nigéria exclareceu no seu comunicado, conforme publicado pelo Bitcoin Angola, que proibiu apenas os bancos de lidarem com criptoactivos. O que sugere que as pessoas podem livremente transaccioná-las.
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