A edição do Jornal de Angola deste Domingo, 18 de Abril, abordou na sessão “digital” as criptomoedas, destacando o Bitcoin, como maior criptomoeda, e os projectos Yetucoin e Yetubit em função do seu pioneirismo.
A matéria, que pode ser lida na sessão digital da página 23 do maior jornal diário do país, aborda, além da Yetucoin e Yetubit, a questão da origem das “moedas digitais”, a sua “silenciosa” proliferação pelo mundo e a natureza volátil e descentralizada que lhes permite ser transaccionadas ponto a ponto (P2P).
Sobre a volatilidade das criptomoedas e do Bitcoin, o jornal observou que esta é uma das características que impedem a maior criptomoeda de ganhar o estatuto de unidade de conta:
[…] as bitcoins ganharam ganharam grande notabilidade, criando um impacto relevante no mercado financeiro.
Todavia, devido à grande volatilidade dos preços, até o momento as bitcoins ainda não conquistaram o estatuto de unidade de conta.
A matéria da autoria de Tânia Costa, destacou ainda o aumento da notabilidade das criptomoedas nos últimos anos e a adopção do Bitcoin pela grandes empresas como a Tesla, liderada por Elon Musk, e o PayPal, liderado por Dan Schulman.
Yetucoin e Yetubit
Trazendo o assunto para o nosso contexto, a matéria destacou os projectos da primeira criptomoeda angolana, Yetucoin, e da exchange centralizada, Yetubit:
[…] em Angola podemos encontrar a moeda digital nacional (não regulamentada pelo BNA) denominada Yetucoin, recentemente disponibilizada pela Yetubit Exchange, empresa de direito angolano […].
Buscando detalhar a natureza da Yetucoin, a matéria fez também saber, embora de modo superficial, uma das várias funções da primeira criptomoeda angolana.
A Yetucoin serve de auxílio às empresas e entidades individuais para pagamento de serviços ou produtos adquiridos no exterior.
Um assunto pouco referenciado pela imprensa angolana
Esta é a segunda vez que um órgão público de comunicação social angolano aborda a temática das criptomoedas e do Bitcoin particularmente. A primeira vez ocorreu em 2019 quando a Televisão Pública de Angola (TPA) falou numa das suas emissões sobre o Bitcoin.
Na altura, as criptomoedas foram abordadas com certo cepticismo tanto pelos responsáveis do sector financeiro (BNA), quanto pelos responsáveis da área de telecomunicações (INACOM).
No entanto, a matéria publicada nesta Domingo, trouxe uma visão mais global do assunto e, de modo particularmente interessante, a autora buscou manter-se neutra na medida do possível, isto é, não incentivando nem desincentivando, apenas apresentando os prós e os contras.
Esperemos que esta seja a primeira de muitas mais vezes, pois com estas iniciativas e um debate aberto sobre as criptomoedas e a criptoeconomia, poderemos determinar até que ponto as criptomoedas seriam positivas ou negativas à nossa economia.
O estimado leitor pode ler a matéria na íntegra clicando AQUI.
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