O ex-desenvolvedor da Monero, Riccardo Spagni, foi detido nesta terça-feira nos Estados Unidos e poderá ser extraditado para a África do Sul, onde, se extraditado, será julgado.
Riccardo Spagni é acusado de fraude e outros actos ilícitos, e estes crimes ficaram agravados após não ter comparecido no tribunal para o seu julgamento e, sobretudo, após ter fugido da África do Sul para os EUA.
Estas acusações são referentes ao período em Ricciardo Spagni trabalhou como Gerente de Tecnologia de Informação na empresa Cape Cookies CC, na África do Sul, entre 1 de outubro de 2009 a 8 de junho de 2011.
Conforme as autoridades sul-africanas, Riccardo Spagni usou informações falsas para fabricar facturas que terão sido de uma empresa fornecedora chamada Ensync e três outras empresas inexistentes. As evidências indicam que ele recebeu 1.453.561,47 Rands sul-africano (cerca de 99.185 dólares) pela fraude na Cape Cookies.
Detenção e pedido de extradição
Em função dos dados referenciados acima, o Tribunal de Magistrados do Distrito da Cidade do Cabo, na África do Sul, emitiu um mandado de prisão contra Riccardo Spagni em 19 de abril de 2021. O que culminou na sua detenção ontem, dia 3 de agosto.
Ricciardo Spagni está detido no Serviço de Delegados dos Estados Unidos e a justiça norte-americana já exigiu que ele continue detido, pois receia que o acusado tenha uma reserva em criptomoedas que lhe permitiria fugir do país.
Advogado de defesa considera ilegal o pedido de extradição
Apesar das fortes acusações de fraude e outros actos ilícitos, o ex-desenvolvedor da Monero considera-se inocente.
Recentemente, Riccardo Spagni publicou um texto pelo Twitter, no qual diz:
Infelizmente, devido a um mal-entendido quanto à fixação de datas de julgamento em um assunto antigo, que venho continuamente tentando resolver desde 2011, fui detido por desacato ao tribunal e atualmente aguardo a extradição.
O seu advogado também emitiu uma declaração sobre o caso:
Na nossa opinião, e ao contrário da prática e do procedimento aceite, e dadas as circunstâncias, a emissão do mandado de prisão foi irregular e injustificada.
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