O kwanza Angolano tem lutado em 2023, emergindo como a moeda mais fraca da África em relação ao dólar até o momento. Nos últimos meses, o kwanza sofreu uma queda acentuada de quase 30%, com a moeda sendo negociada a 691 AOA por dólar dos EUA no dia 15 de Junho de 2023, abaixo dos 506,00 em Maio. Tal volatilidade tem suas raízes em uma variedade de fatores económicos, incluindo baixos preços do petróleo e um aumento no fardo da dívida do país. Nesse cenário surgem as criptomoedas, que podem ser usadas como escudo na desvalorização do kwanza.
A Dependência do Petróleo na Economia Angolana
A economia de Angola é fortemente dependente do petróleo, com o produto representando mais de 90% das exportações do país. No entanto, as exportações de petróleo bruto caíram cerca de 30% ano a ano no primeiro trimestre de 2023, coincidindo com a queda dos preços do petróleo Brent para uma média de $82,10 o barril, abaixo dos $97,90 no mesmo período do ano anterior.
Este contexto económico adverso, combinado com a queda do kwanza, tem o potencial de impulsionar a inflação em Angola, que já caiu de 27,7% em janeiro de 2022 para 10,6% em abril de 2023. A queda da moeda também pode aumentar o custo dos pagamentos da dívida internacional, uma vez que cerca de 80% da dívida de Angola é denominada em moeda estrangeira.
Criptomoedas e a Desvalorização do Kwanza em Angola
No meio deste cenário de desvalorização do kwanza e da inflação emergem as criptomoedas como um potencial salvador. As criptomoedas, como o Bitcoin, oferecem uma opção de proteção contra a queda do kwanza angolano e a inflação. Devido à sua natureza descentralizada, as criptomoedas não são afetadas diretamente por flutuações monetárias ou políticas governamentais, tornando-se um refúgio potencialmente seguro para a riqueza em tempos de instabilidade económica.
Além disso, a natureza global das criptomoedas significa que elas são acessíveis a qualquer pessoa com acesso à internet, independentemente de sua localização geográfica. Isso as torna uma opção atraente para os angolanos que desejam proteger suas economias contra a desvalorização do kwanza.
Desempenho do Kwanza vs Bitcoin em 12 Meses
Por outro lado, o Bitcoin demonstrou um desempenho bastante diferente. Durante o mesmo período de 12 meses, a criptomoeda valorizou 22,60%, passando de $22,500 para $24,674. A valorização da moeda digital contrasta fortemente com a queda do Kwanza, mostrando a resiliência e a potencialidade das criptomoedas em tempos de instabilidade económica.
Riscos de Investir em Criptomoedas
No entanto, é importante salientar que, embora as criptomoedas ofereçam proteção contra a instabilidade da moeda local, elas também têm seus próprios riscos. As criptomoedas são notoriamente voláteis, com o valor do Bitcoin e outras moedas digitais muitas vezes subindo ou descendo drasticamente em um curto espaço de tempo. Portanto, os potenciais investidores devem fazer sua devida diligência e talvez buscar o conselho de um consultor financeiro antes de mergulhar neste mundo emergente de moedas digitais. Um bom lugar para começar seria adquirir o nosso Curso de Criptomoedas “Bitcoin 101” e fazer parte da nossa comunidade exclusiva de investidores.
Criptomoedas na Inclusão Financeira e Combate a Inflação em Angola
Apesar desses riscos, o potencial das criptomoedas para oferecer uma proteção contra a desvalorização do kwanza e a inflação não pode ser ignorado. Em um mundo cada vez mais digital e globalizado, as criptomoedas podem se tornar uma ferramenta importante para economias em desenvolvimento como Angola. Elas podem oferecer uma forma de salvaguardar a riqueza contra a desvalorização da moeda local e a inflação, além de proporcionar oportunidades de crescimento económico e inclusão financeira.
O papel das criptomoedas na economia de Angola, assim como em outras economias em desenvolvimento, ainda está sendo definido. No entanto, é inegável que elas representam uma nova fronteira no mundo financeiro. Com a devida cautela, educação e regulamentação, as criptomoedas têm o potencial de trazer benefícios significativos para os angolanos e outros em situações similares.
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