Em 25 de abril de 2025, o mercado financeiro brasileiro testemunhou um marco histórico com o lançamento do primeiro fundo de índice (ETF) de XRP à vista do mundo. Este ETF, denominado Hashdex Nasdaq XRP Fundo de Índice (XRPH11), começou a ser negociado na bolsa de valores B3, oferecendo aos investidores uma nova forma de exposição ao XRP, a criptomoeda nativa da Ripple.
A iniciativa foi liderada pela gestora de ativos Hashdex, em parceria com a Genial Investimentos, que atua como administradora do fundo, enquanto o Banco Genial é responsável pela custódia dos ativos. O ETF acompanha o índice Nasdaq XRP Reference Price Index (NQXRP), que reflete o preço à vista do XRP em diversas exchanges de criptomoedas.
A aprovação para o lançamento do fundo foi concedida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil em fevereiro de 2025, após um período de pré-operação iniciado em dezembro de 2024. Durante essa fase, o fundo passou por etapas preparatórias antes de iniciar suas atividades de negociação.
Com uma taxa de administração anual máxima de 0,7% e uma taxa de custódia de até 0,1% ao ano, o XRPH11 busca atrair investidores institucionais e sofisticados que desejam desenvolver estratégias de investimento em criptoativos na B3. O fundo investe pelo menos 95% de seus ativos líquidos em XRP e ativos digitais relacionados, proporcionando uma exposição direta e regulamentada à criptomoeda.
O lançamento do XRPH11 representa um avanço significativo na integração de ativos digitais no mercado financeiro tradicional brasileiro. A Hashdex, que já possui outros ETFs de criptoativos listados na B3, como BITH11 (Bitcoin), ETHE11 (Ethereum) e SOLH11 (Solana), amplia sua gama de produtos com o novo fundo de XRP. Esses ETFs monoativos são voltados principalmente para investidores institucionais que buscam diversificar suas carteiras com ativos digitais.
A escolha do Brasil como o primeiro país a lançar um ETF de XRP à vista destaca a posição do país como líder em inovação financeira na América Latina. Enquanto isso, nos Estados Unidos, a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) ainda está a analisar propostas semelhantes, incluindo pedidos de empresas como Bitwise, CoinShares, Canary Capital e WisdomTree. Analistas do JPMorgan estimam que, caso aprovados, ETFs de XRP e Solana à vista poderiam atrair até US$ 14 bilhões em investimentos nos primeiros 12 meses.
A introdução do XRPH11 na B3 marca um momento importante para o mercado de criptoativos, oferecendo aos investidores uma nova ferramenta para acessar o XRP de forma regulamentada e transparente. Este movimento pode incentivar a adoção institucional da criptomoeda, aumentando sua liquidez e estabilidade no mercado.
Além disso, o sucesso do ETF de XRP no Brasil pode servir de modelo para outros países que consideram a implementação de produtos financeiros semelhantes. A experiência brasileira demonstra que é possível integrar ativos digitais no sistema financeiro tradicional de maneira eficaz e segura.
No entanto, é fundamental que os investidores estejam cientes dos riscos associados aos criptoativos, incluindo a volatilidade dos preços e as questões regulatórias em constante evolução. A educação financeira e a diligência são essenciais para uma participação informada no mercado.
Em suma, o lançamento do primeiro ETF de XRP à vista no Brasil representa um passo significativo na evolução dos mercados financeiros, promovendo a integração de ativos digitais e oferecendo novas oportunidades para investidores em todo o mundo.