O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou na última sexta-feira (28), um relatório de 114 páginas sobre o El Salvador, no qual refere que os custos da implementação da lei Bitcoin no país centro-americano excedem os seus potenciais benefícios.
O relatório explica que o país criou um fundo fiduciário, o Fidebitcoin, com 150 milhões de dólares, com vista a garantir a conversão entre o Bitcoin e o dólar. Contudo, a curto prazo, os custos reais da implementação desta lei excedem os potenciais benefícios.
De acordo com o relatório, os custos orçamentários de curto prazo poderão ser de cerca de 1% do PIB para 2021-2022, enquanto os ganhos a curto prazo poderão chegar a ¼% do PIB por ano.
Riscos da adopção do Bitcoin
O relatório do FMI também descreve os riscos da adopção da criptomoeda pelo El Salvador dizendo que “ao adoptar o Bitcoin como moeda legal, riscos consideráveis são introduzidos para a estabilidade financeira, integridade financeira e de mercado, e proteção do consumidor […].”
Entretanto, o documento aponta algumas medidas que podem ser aplicadas para reduzir os riscos acima descritos. Assim, para lidar com os riscos de usar o Bitcoin como moeda, o FMI recomenda restringir o objectivo da lei Bitcoin, no mínimo, removendo o estatuto de moeda legal do Bitcoin e tornar explícita a sua natureza estritamente voluntária para todos os tipos de transações.
LEIA TAMBÉM
Venha Participar da Palestra de Criptomoedas na Província do Moxico