O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro Moros, afirmou recentemente que o país poderá dar empréstimos em criptomoedas para o sector agrícola, e também empréstimos tradicionais em várias moedas fiduciárias como o euro e o yuan.
O anúncio foi feito pelo Presidente durante uma reunião de gabinete que contou com a presença dos representantes do poder executivo da nação bolivariana.
Na reunião, o Chefe-de-Estado venezuelano garantiu que o seu país buscará novas formas de financiar a agricultura nacional e que estes empréstimos teriam taxas de juros baixas para beneficiar os agricultores.
Diante dos seus ministros, Nicolás Maduro dirigiu-se aos representantes das finanças e da banca dizendo:
Peço-lhes pessoalmente que conduzam o sector bancário público e convoquem os bancos privados para multiplicarem os empréstimos e financiamentos nas condições mais amenas para todos os produtores de alimentos do país.
Venezuela trabalhará com todas as criptomoedas e algumas moedas fiduciárias para atingir o objectivo
A proposta do Presidente venezuelano prevê também a concessão destes empréstimos em várias moedas fiduciárias, dentre as quais o euro e o yuan chinês.
Por outro lado, apesar de Nicolás Maduro referir que o país utilizará a criptomoeda local, petro, para os empréstimos; Ele também observou que o país trabalhará com todas as criptomoedas existentes, tal como o governo venezuelano já tem vindo a fazer há três anos.
Bolívar perde força, dólar ganha terreno
O recente anúncio do Presidente Nicolás Maduro sugere uma perda de poder da moeda fiduciária do país, o bolívar, que vem caindo continuamente face ao dólar.
Em 20 de junho deste ano, a moeda nacional da Venezuela perdeu mais de 10% do seu valor face ao dólar, e neste mês esta perda aproxima-se já aos 20%, segundo os índices populares dos preços em dólares no país.
Esta é, aliás, uma das razões que levaram recentemente o governo venezuelano a considerar uma possível redenominação da moeda nacional, cortando seis zeros do seu valor valor actual.
Esta medida de redução dos zeros, segundo o governo, visa facilitar a tarefa de calcular impostos e fazer grandes pagamentos; o que com a taxa de câmbio actual resultam em números muito grandes e difíceis de trabalhar.
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