O Irã proibiu pela segunda vez neste ano a mineração de criptomoedas com o objectivo principal de conservar maior quantidade de energia para época do inverno. Os mineradores residentes no Irã não poderão, nos próximos 2 meses executar as suas actividades, ou seja, a proibição durará até 9 de março do próximo ano.
Mostafa Rajabi Mashhadi, director da empresa pública Iran Grid Management Co. e porta-voz da indústria de energia do Irã, frisou que com esta medida as operadoras de mineração devidamente registadas economizarão até 209 megawatts de eletricidade.
A medida também servirá para evitar apagões e diminuir a ampla pressão sobre as usinas de energia do país. Além disso, as autoridades iranianas ordenaram o encerramento das operadoras de mineração de criptomoeda não registadas, bem como mineradores que actuam de forma independente.
Mashhadi destacou ainda que o país teve défice de energia, devido a fraca produção no verão. Durante esta época o Irã produziu menos de 60% de electricidade.
A primeira proibição de mineração de criptomoedas deu-se em maio, o quando o governo do Irã divulgou uma suspensão temporária da mineração de criptomoedas devido aos apagões em Teerã, capital do país. A mesma começou em 26 de maio e durou até 22 de setembro.
O principal motivo pelo qual a mineração foi proibida, disse o presidente do país Ebrahim Raisi, é o facto dos mineradores não reconhecidos pelo governo do Irã consumirem mais energias do que os legalmente autorizados.
“A mineração autorizada de criptomoedas não consome muita eletricidade e precisa de cerca de 300 megawatts. No entanto, são os mineração de criptomoedas não autorizados que consomem muita eletricidade; eles consomem cerca de 2.000 megawatts … A partir de hoje, será proibido até mesmo para mineradores autorizados minerar criptomoedas até o final de setembro.”
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