Nos últimos tempos têm surgido muitas perguntas sobre a mineração de bitcoin na nossa Comunidade, para sanar todas essas dúvidas iremos abordar nesse post e nos vindouros como funciona o processo de mineração de bitcoin e o que difere o bitcoin das outras criptomoedas.
Noções básicas sobre Bitcoin: como o Bitcoin difere das moedas tradicionais
Em Angola o kwanza (AOA) é feito e regulado por um banco central- o Banco Nacional de Angola. Além de uma série de outras responsabilidades, o BNA regula a produção de dinheiro novo e combate o uso de moeda falsa.
Até pagamentos digitais (internet banking) usando o kwanza são apoiados por uma autoridade central. Quando você faz uma compra on-line usando o internet baking, como o multicaixa express  por exemplo, essa transação é processada por uma empresa de processamento de pagamentos, como Mastercard ou Visa. Além de registrar seu histórico de transações, essas empresas verificam se as transações não são fraudulentas, motivo pelo qual seu cartão de débito ou crédito pode ser suspenso durante a viagem.
O Bitcoin, por outro lado, não é regulamentado por uma autoridade central. Em vez disso, o Bitcoin é suportado por milhões de computadores em todo o mundo chamados “nós”. Essa rede de computadores desempenha a mesma função que o Banco Nacional de Angola, Visa e Mastercard, mas com algumas diferenças importantes. Os nós armazenam informações sobre transações anteriores e ajudam a verificar sua autenticidade. Diferente dessas autoridades centrais, os nós do Bitcoin estão espalhados por todo o mundo e registram dados de transações em uma lista pública que pode ser acessada por qualquer pessoa, inclusive você. Para aprofundar sobre os nós leia o nosso guia sobre Blockchain Para iniciantes e Avançados.
Noções básicas de Bitcoin: O que é mineração de criptomoeda?
Quando alguém faz uma compra ou venda usando bitcoin, chamamos isso de “transação”. As transações feitas com uso de internet baking são documentadas por bancos. Os mineradores de Bitcoin atingem o mesmo efeito sem essas instituições agrupando transações em “blocos” e adicionando-as a um registro público chamado de “blockchain”. Os nós mantêm registros desses blocos para que possam ser verificados no futuro.
Quando os mineradores de bitcoin adicionam um novo bloco de transações à blockchain, parte de seu trabalho é garantir que essas transações sejam precisas. (Iremos apofundar .) Em particular, os mineradores de bitcoin garantem que o bitcoin não esteja a ser duplicado, uma peculiaridade única de moedas digitais chamada “gasto duplo”. Com as moedas impressas, duplicar dinheiro não é uma um problema.
As informações digitais podem ser reproduzidas com relativa facilidade; portanto, com o Bitcoin e outras moedas digitais, existe o risco de um comprador fazer uma cópia do bitcoin e enviá-lo para outra parte enquanto ainda segura o original. Voltemos à moeda impressa por um momento e digamos que alguém tenta duplicar sua nota de 100 kwanzas  para gastar tanto a original quanto a falsificada em uma cantina. Se um funcionário soubesse que os clientes estavam a duplicar dinheiro, tudo o que eles precisariam fazer seria examinar os números de série das contas. Se os números fossem idênticos, o funcionário saberia que o dinheiro havia sido duplicado. Essa analogia é semelhante ao que um minerador de bitcoin faz quando verifica novas transações.
 
Recompensa dos Mineiros
No entanto, com 500.000 compras e vendas ocorrendo em um único dia, verificar cada uma dessas transações pode ser muito trabalhosa para os mineradores, o que representa outra diferença importante entre os mineradores de bitcoin e o Banco Nacional de Angola, Federal Reserve, Mastercard ou Visa. Como compensação por seus esforços, os mineradores recebem bitcoin sempre que adicionam um novo bloco de transações à blockchain. A quantidade de novo bitcoin liberado com cada bloco extraído é chamada de “recompensa do bloco”, “block reward.” em inglês. A recompensa do bloco é reduzida pela metade a cada 210.000 blocos ou aproximadamente a cada 4 anos. Em 2009, eram 50. Em 2013, eram 25, em 2018 eram 12,5 e, em meados de 2020, reduzirão para 6,25.
Ilustração do Halving do bitcoin desde 2009
A essa taxa de redução pela metade, o número total de bitcoin em circulação apesar de aumentar, chegará a um limite de 21 milhões, tornando a moeda mais escassa e valiosa ao longo do tempo, mas também mais cara para os mineradores produzirem. Iremos aprofundar sobre o halving também nos próximos posts.
Nos próximos continuaremos a nossa série sobre mineração de bitcoin. Caso tenha alguma dúvida ou sugestão deixe abaixo nos comentários.
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Estudante de Gestão em Portugal com background em Ciências da Computação da UAN. Amante de Criptomoedas e da Tecnologia Blockchain. Fundador do Bitcoin Angola e Apaixonado Pela Descentralização que a Tecnologia Blockchain Proporciona Para os Países Africanos, em Especial - Angola.

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