El Salvador intensificou a sua posição no Bitcoin, apesar de uma das maiores quedas do mercado neste ano, após adicionar mais de 1.000 BTC em uma única transação e elevar as suas reservas declaradas para aproximadamente 7.500 BTC.

Segundo o Escritório do Bitcoin do país, a aquisição mais recente está avaliada em cerca de US$ 100 milhões e foi realizada quando a criptomoeda chegou a cair brevemente para menos de US$ 90.000. A compra representa o maior aumento diário já anunciado pelo país centro-americano e está alinhada com a promessa do presidente Nayib Bukele de continuar expandindo a reserva nacional de BTC por meio de aquisições diárias constantes.

Bukele compartilhou uma captura de tela da transação em sua conta X, reafirmando sua posição anterior de que o governo não tem planos de interromper o seu acúmulo.

O anúncio, no entanto, reacendeu as dúvidas sobre como esses ativos estão a ser gerenciados e se o governo está a fazer novas compras no mercado ou simplesmente consolidando ativos em suas diversas carteiras. O acordo de empréstimo de US$ 1,4 bilhão do FMI estipula que o setor público de El Salvador não deve adquirir mais Bitcoins, e altos funcionários do setor financeiro já haviam declarado que o governo não havia adicionado nenhuma unidade desde fevereiro.

Um relatório posterior do FMI indicou que os aumentos nas reservas provavelmente refletem transferências internas, e não novas compras. Apesar disso, o Escritório de Bitcoin do país continua a afirmar que compras reais estão a ocorrer, e a sua liderança aponta para registros on-chain como prova.

A atualização mais recente também surge em um contexto de maior coordenação com os Estados Unidos em relação à política de ativos digitais, incluindo uma reunião entre o presidente Bukele e Bo Hines, diretor executivo do Conselho Presidencial de Assessores para Ativos Digitais da Casa Branca, no início deste ano.

Além da sua estratégia agressiva de acumulação, El Salvador também está tomando medidas para influenciar a política de ativos digitais em toda a América Latina. Em julho, o Banco Central da Bolívia assinou um memorando de entendimento com a Comissão Nacional de Ativos Digitais de El Salvador, com o objetivo de permitir que as duas instituições troquem conhecimentos técnicos e regulatórios, incluindo análises de blockchain e ferramentas de avaliação de risco.

A parceria foi considerada um passo importante para a Bolívia, que busca regras mais claras à medida que o uso de ativos digitais se acelera após o Decreto 082/2024 do ano passado. Para El Salvador, o acordo fortalece seu papel como líder regional em políticas de criptomoedas, respaldado por anos de experiência em regulamentação, compra e até mineração de BTC.

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