Os dados foram avançados na passada quarta-feira pelo executivo sénior de contas da Chainalysis para a África Subsaariana, Miguel Costa, após a apresentação do relatório da postura de Angola no mercado de criptomoedas. De acordo com o executivo, que falava no palco do Cybersecur Summit 2022, o número registado de transacções, apesar de mínimo, representa uma oportunidade para o país que actualmente ocupa o 117º lugar no índice global de adopção de criptomoedas e o 100º lugar no índice global de valor recebido em criptomoedas, sendo o 25º posicionado nesta classificação entre os países africanos, com 325 milhões de dólares transaccionados em 2021

“Estamos a falar de cerca de 325 milhões de dólares transaccionados no último ano. O que, no panorama global, não é um número muito elevado, de qualquer maneira acho que é um número excelente, um número de oportunidade, que proporciona ao país a possibilidade de continuar a construir este mercado sem ter que corrigir, sem ter que reparar”, disse.

Deste valor, o bitcoin foi a criptomoeda mais utilizada. “Porque é original, é a primeira blockchain, é a que tem mais notoriedade e é a que oferece ao cidadão comum mais confiança”, explicou Miguel da Costa. A segunda criptomoeda mais utilizada foi a ethereum, seguindo-se as criptomoedas estáveis (stablecoins), das quais se destaca a theter.

Relactivamente ao comércio ponto-a-ponto (P2P) de criptomoedas entre angolanos, no período em análise, registou-se um volume de 7.7 milhões de dólares em transacções, estando o país actualmente no 41º lugar do índice global de transacções P2P e no 15º lugar entre os países africanos.

“Verificou-se que a maior parte dos fluxos de fundos de criptos recebidos vêm predominantemente da Europa, mas também de aplicações em investimentos em Finanças Descentralizadas (DeFi). O activo preferido é bitcoin e as stablecoins, ou seja, activos digitais indexados ao dólar (usdt, usdc). Quando o dinheiro tem que sair de Angola, sai geralmente para comprar bitcoin”, explicou o executivo sénior de contas da Chainalysis para a África Subsaariana, Miguel da Costa. Créditos: Portal T. I


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