Mais de 40 países manifestaram interesse em se juntar ao grupo de nações BRICS, disse Anil Sooklal, o principal diplomata da África do Sul responsável pelas relações com o bloco na quinta-feira. Sooklal e funcionários do departamento de assuntos estrangeiros estavam a falar com jornalistas da Reuters na cidade comercial de Joanesburgo, um dia depois que a África do Sul confirmou que o presidente da Rússia, Vladamir Putin, não compareceria à reunião do BRICS, que acontecerá de 22 a 24 de agosto.

A questão de até que ponto e quão rápido vão expandir a aliança que ainda é centrada em torno do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – está no topo da agenda na cúpula de nações que buscam compensar a hegemonia percebida do Ocidente liderado pelos Estados Unidos nos assuntos globais.

Argentina, Irão e Arábia Saudita Querem se Juntar ao BRICS

Além dos 22 países que haviam solicitado formalmente a adesão, Sooklal disse que havia “um número igual de países que manifestaram informalmente interesse em se tornar membros do BRICS … (incluindo) todos os principais países do sul global”.

Os oficiais sul-africanos querem que o BRICS se torne um defensor do mundo em desenvolvimento, e Argentina, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Cuba, República Democrática do Congo, Comores, Gabão e Cazaquistão todos manifestaram interesse.

A África do Sul enfrentou um dilema ao sediar a reunião. Como membro do Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu um mandado de prisão contra Putin em março, ela seria obrigada a prender o presidente russo se ele comparecesse, acusado de crimes de guerra pela Rússia durante sua invasão da Ucrânia, acusações que Putin nega.

Mas na quarta-feira, o país anfitrião confirmou que o Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, estaria presente no lugar de seu presidente.

África do Sul se Mantém Neutra no Conflito Entre Rússia e Ucrânia

A África do Sul tem sido criticada por países ocidentais por sua postura excessivamente amigável em relação à Rússia, um aliado de longa data do Congresso Nacional Africano (ANC) no poder, desde que era um movimento de libertação que lutava contra o domínio minoritário branco do apartheid. A África do Sul mantém uma posição neutra em relação à guerra na Ucrânia, que deseja encerrar por meio de negociação.

Os diplomatas que falaram à imprensa na quinta-feira disseram que essa posição foi validada pela aceitação da África do Sul por ambos os lados como mediadora no conflito, em contraste com as ameaças de guerra por parte das potências ocidentais.

 

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Estudante de Gestão em Portugal com background em Ciências da Computação da UAN. Amante de Criptomoedas e da Tecnologia Blockchain. Fundador do Bitcoin Angola e Apaixonado Pela Descentralização que a Tecnologia Blockchain Proporciona Para os Países Africanos, em Especial - Angola.

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