Os países membros da Comunidade da África Oriental estudarão o potencial de uma moeda digital do banco central (CBDC) como alternativa do sistema de pagamento compartilhado, cuja finalidade é definir uma única moeda de negociação para a região.

Segundo um relatório do portal The EastAfrican, os países esperam que esta alternativa ajude a comunidade a acabar com a resistência dos países membros em negociar com as moedas locais de cada país. 

Sobre os países membros

Comunidade da África Oriental é uma organização de integração e comércio que tem como objectivo aprofundar a cooperação entre os países parceiros, nos domínios político, económico e social, de forma a contribuir para o benefício mútuo.

Os países que fazem parte da Comunidade da África Oriental (EAC, sigla em inglês) são:

  • Quénia
  • Tanzânia
  • Ruanda
  • Burundi
  • Uganda
  • Sudão do Sul

A EAC criou um Sistema de Pagamento da África Oriental (EAPS, sigla em inglês) em 2014, mas o bloco nunca funcionou adequadamente devido as desconfianças dos Países-Membro com relação às moedas uns dos outros.

A notícia sobre a adopção de uma CBDC da EAC surgiu após a solicitação na média de um consultor para fazer os estudo de viabilidade sobre a actualização que o bloco do Sistema de Pagamentos da África Oriental planeia fazer.

Ainda segundo o relatório, o consultor fará revisões dos avanços recentes em tecnologia e inovações que permitirão a instalação das novas infra-estruturas de pagamento e os arranjos que podem ser aplicados no pagamento entre os países. 

Do mesmo modo, o consultor conduzirá uma pesquisa exploratória sobre as tecnologias emergentes e a sua adopção. No entanto, espera-se que ele seja mais abrangente e não se limite apenas nas tecnologias das CBDC.

Desafios do EAPS

O actual sistema de pagamentos da EAC tem sido prejudicado pelas dificuldades de financiamento das moedas regionais.

A secretaria da EAC mencionou alguns dos principais desafios que foram observados ao longo destes anos. A secretaria disse:

O modelo de financiamento original em que os participantes buscavam financiamento de outras moedas da EAC no mercado está se mostrando caro devido à indisponibilidade das moedas dos Estados parceiros no mercado local.

A secretaria explicou também que a falta de um suporte automatizado dificulta as operações do sistema devido a demorisidade de resposta que ocorre quando os bancos comerciais enviam mensagem para os bancos centrais.

Por fim, a secretaria disse que o facto do sistema não operar em uma única plataforma impossibilita a gestão centralizada de liquidez.


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