A empresa de análises de blockchain Coinfirm divulgou um relatório sobre trocas de certificados de vacinação da Covid-19 com criptomoedas como o Bitcoin, Ethereum, Dash, Litecoin e outras, que ocorrem na darknet.
Segundo o relatório, além dos certificados de vacinação, vacinas contra a Covid-19 também são trocadas pelos activos. O documento também destaca que a maior parte dos clientes reside no leste europeu.
A coinfirm relatou a existência de uma suposta loja com o nome de “COVID-19 Vaccine Shop” que disponibiliza doses das vacinas AstraZeneca, Pfizer-BionTech, Johnson e Johnson e a Sputnik V.
A empresa disse ainda que os usuários podem comprar na Covid-19 Vaccine Shop até 10 doses do produto AstraZeneca por 250 dólares ou pelo seu equivalente em criptomoedas e que a loja registou em menos de um ano, uma entrada de 40,8 mil dólares em Bitcoin.
Corrupção no sector da saúde do leste europeu
O relatório apresentado pela Coinfirm sugere que há um “possível sistema de corrupção” do sector de saúde do leste europeu, onde se regista os maiores casos.
Os fornecedores do mercado Darknet baseados na Federação Russa, nos Estados Unidos da América e em vários outros países mostraram-se capazes de desempenhar estas actividades e em alguns casos com assinatura de médicos.
A Coinfirm divulgou um trecho do texto publicado pela loja que instruia os compradores a enviar informações pessoais e, então, a loja colocaria o número do lote da suposta vacina no perfil do usuário na plataforma da autoridade sanitária do determinado país.
Você pode optar por colocar o seu nome e data de aniversário no cartão de vacinação impresso ou posso colocá-los para que a caligrafia não seja diferente da que vai estar no sistema.
No banco de dados, a única coisa que aparece são os números dos lotes. Seu nome não aparecerá no sistema porque não é necessário para obter a vacina.
Trecho do texto, segundo o relatório.
