O tribunal sul-africano concedeu aos liquidatários da Africrypt poderes para rastrear os fundos que foram roubados dos investidores, assim como a autorização para vender os activos e propriedades da empresa.
A decisão do tribunal sul-africano surge para responder as inquietações em torno das alegações do suposto ataque hack apresentadas por Raees e Ameer Cajee, ambos directores da Africrypt.
Recentemente, Ruann Kruger, representante oficial dos liquidatários, além de divulgar o modelo de negocios da Africrypt, apresentou evidências usadas pelos directores para justificar o ataque hack. Contudo, conluiu que tudo não passou de uma fraude.
“Não há evidências de que este foi realmente um hack dos sistemas Africrypt e, em apoio a isso, parece que os fundos das carteiras do Africrypt foram esgotados quatro meses antes do alegado hack.”
Após o roubo a Africrypt parou de operar e os responsáveis pela empresa alegaram terem sido hackeados. De seguida um grupo de investidores solicitou ao tribunal local que concedesse uma ordem de liquidação contra a empresa.
O tribunal também autorizou os liquidatários a investigar e interrogar todos indivíduos ligados à Africrypt no sentido de descubrir tudo que ajude a solucionar o caso.
Com os poderes estendidos do liquidante, eles serão capazes de investigar e interrogar as partes relevantes, directores e suas empresas relacionadas durante a investigação para descobrir o mistério por trás deste roubo de Bitcoin ostensivo.
O principal objectivo do liquidante é rastrear activos, tentar obter acesso aos sistemas Africrypt e seus códigos-fonte para recuperar carteiras de Bitcoins e fundos investidos e perdidos por investidores.
Para a resolução do caso fez-se necessário a contratação de um auditor forense para investigar os assuntos da Africrypt e as partes relacionadas.
Anteriormente, Raees Cajee a partir do seu esconderijo na Tanzânia manifestou-se contra a ideia de possível liquidação da Africrypt. Espera-se com a decisão de liquidação final da Africrypt que irmãos Cajee apareçam para devolver os fundos roubados dos investidores.
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