A economia da China registou um crescimento homólogo de 0,4%, no segundo trimestre do ano, ilustrando o impacto das medidas de prevenção contra a COVID-19, que resultaram no bloqueio de cidades importantes do país. Os dados oficiais, divulgados hoje pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE), ficaram abaixo do esperado pelos analistas, que previam um aumento do PIB (Produto Interno Bruto) em torno de 1%, no período entre Abril e Junho.

Face ao trimestre anterior, a segunda maior economia mundial contraiu 2,6% nos três meses encerrados em Junho. No período entre Janeiro e Março, a economia chinesa cresceu 4,8%, em termos homólogos.No conjunto, segundo a Lusa, a economia do país asiático cresceu 2,5% no primeiro semestre do ano. Este valor representa um abrandamento, face ao ritmo de crescimento de 12,7%, alcançado no primeiro semestre de 2021, embora nesse período as estatísticas tenham beneficiado da base comparativa débil do primeiro semestre de 2020, período em que eclodiu a pandemia da COVID-19.

Entre Março e Junho deste ano, no entanto, a China voltou a adoptar duras medidas de confinamento, para travar surtos do coronavírus em Xangai, Pequim, Cantão ou Changchun, cidades chave para a indústria e economia chinesas. As fábricas e escritórios foram autorizados a reabrir em Maio , mas economistas dizem que vão ser preciso semanas ou meses até que a actividade volte ao normal.

A desaceleração prejudica os parceiros comerciais da China, incluindo o Brasil e Angola, ao diminuir a procura por petróleo, alimentos, e outras matérias-primas. Também a importação de bens de consumo produzidos na China é afectada, já que as medidas de confinamento dificultam os embarques de produtos para mercados estrangeiros.


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