Os investidores cripto nigerianos que usam serviços ponto a ponto (P2P) estão a enfrentar dificuldades, pois o Banco Central da Nigéria (CBN) sinalizou suas contas bancárias. Acredita-se que a decisão da CBN esteja relacionada ao recente hack do Flutterwave, que viu quase US$ 6,5 milhões (3 bilhões de nairas) transferidos ilegalmente das contas da fintech nigeriana.

Em 27 de fevereiro, uma moção ex-parte foi arquivada e concedida em apoio às reivindicações da Flutterwave, resultando em 107 contas sendo penhoradas/Post-No-Debit (PND), incluindo seus quintos beneficiários. Embora as contas bancárias ainda não tenham afiliações comprovadas com o hack, alguns moradores confirmaram que suas contas foram congeladas em conexão com o incidente.

A situação desencorajou os usuários P2P de usar mercados de balcão (OTC), que permitem a negociação de valores mobiliários entre duas contrapartes executadas fora das bolsas formais e sem a supervisão de um regulador de câmbio. A quantia hackeada fluiu para o mercado cripto da Nigéria em diferentes OTCs, e os usuários agora têm problemas com intermediários financeiros quando desejam usar serviços P2P para transferências de criptomoedas.

Investidores em todo o mundo usam o P2P como um meio de troca direta de criptomoedas entre as partes sem o envolvimento de uma autoridade central. Eles podem optar por trocar criptomoedas por criptomoedas ou criptomoedas por dinheiro. Em 2021, o CBN anunciou um regulamento que impedia instituições financeiras como bancos de permitir o uso de criptomoedas. No entanto, os nigerianos conseguiram encontrar um caminho a seguir e ainda manter sua posição de liderança como o maior centro de criptomoedas da África por meio do uso de plataformas P2P.

Alguns membros da comunidade acreditam que essa situação pode afetar o interesse geral dos nigerianos que ainda não ingressaram no ecossistema das criptomoedas digital na aquisição de ativos digitais. A situação está a causar o colapso de alguns negócios, pois empresários desavisados ??receberam pagamentos por seus serviços com fundos supostamente vinculados ao valor hackeado, resultando em confusão e possíveis repercussões legais.

Apesar dos rígidos regulamentos sobre as criptomoedas do CBN, o mercado P2P ajudou o comércio nigeriano. No entanto, um analista financeiro conhecido como Sadeik o chama de centro do mercado negro para golpistas que lavam fundos fraudulentos. Sadeik continuou dizendo que um amigo dele perdeu mais de 500.000 nairas porque a pessoa com quem ele fez transações teve sua conta sinalizada no hack do Flutterwave.

Em comunicado oficial, a Flutterwave negou o hack e afirmou que identificou uma tendência incomum de transações nos perfis de alguns usuários e imediatamente lançou uma revisão em linha com seu procedimento operacional padrão. A revisão revelou que alguns usuários que não ativaram algumas de suas configurações de segurança recomendadas podem ter sido suscetíveis. O Flutterwave foi capaz de resolver o problema antes que qualquer dano fosse causado a seus usuários.

A situação atual destaca a necessidade de aumentar as medidas de segurança e conscientização no mercado cripto nigeriano. A decisão da CBN de sinalizar contas destaca a importância do papel das instituições financeiras no combate a atividades fraudulentas. Também enfatiza a importância dos intermediários financeiros, como os bancos, para garantir que os fundos não sejam usados ??para fins ilegais. O incidente serve como um lembrete para os investidores cripto tomarem as precauções necessárias e usarem apenas plataformas P2P confiáveis.

 

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