O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) criado pelos países do BRICS pretende começar a conceder empréstimos nas moedas sul-africana e brasileira, de forma a reduzir a dependência do dólar dos Estados Unidos da América e promover um sistema financeiro internacional mais multipolar.

A informação foi avançada pela nesta semana, pela actual presidente do banco, Dilma Rousseff. Em entrevista ao Financial Times, a responsável explicou que o objectivo é realizar empréstimos em moedas locais dos países fundadores do grupo, acrescentando que estão a pensar fazer o mesmo em rúpia, moeda da Índia, e que já o fazem em renmimbi, moeda chinesa.

Brics reforçam busca por alternativas ao dólar

A decisão de conceder empréstimos em moedas locais reforça os objectivos estabelecidos pelos países BRICS de encorajar a utilização de alternativas ao dólar nas transações comerciais e financeiras. “Vamos transformar-nos num banco importante para os países em desenvolvimento e os mercados emergentes”, disse.

A ex presidente do Brasil disse ainda que os empréstimos em moedas locais vão permitir que os países membros evitem o risco cambial e as variações nas taxas de juros da moeda norte-americana.

No entanto, apesar da sua intenção de oferecer uma alternativa ao dólar aos outros países, o banco foi forçado a suspender todas as operações num dos seus membros, a Rússia. A medida foi aplicada para evitar que o banco dos Brica fosse sancionado e isolado do sistema financeiro internacional.

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