O Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla inglesa) divulgou nesta semana um relatório em que defende a regulamentação e não a proibição de criptomoedas, justificando que proibi-las não é a forma de reduzir os riscos existentes nesse mercado.

No relatório, o também conhecido como banco central dos bancos centrais, reconheceu que o sector das criptomoedas está a falhar em reduzir os custos financeiros nos mercados emergentes. Entretanto, disse, a resposta dos reguladores não deve ser uma proibição, mas sim a regulamentação dessa classe de activos.

Segundo o BIS, as economias emergentes transformaram-se nos mercados mais atrativos para cripto devido ao interesse da população em activos alternativos e mais estáveis que as suas moedas fiduciárias. Além disso, em muitos países, elas apresentam-se como uma alternativas às finanças tradicionais.

Criptomoeda ampliaram os riscos financeiros

Para o BIS, as promessas de que as criptomoedas conseguem proteger os investidores da inflação ou oferecer uma alternativa de pagamento mais barata seriam um “apelo ilusório”. Ademais, no seu relatório, o banco afirma que o uso desses activos para envios de remessa pode afectar a estabilidade financeira ao gerar mudanças abruptas e extensas nos fluxos de capital.

Por esta razão, a instituição argumenta que “até o momento, as criptomoedas não reduziram, mas sim amplificaram os riscos financeiros em economias menos desenvolvidas”. Entretanto, a tecnologia “ainda pode ser aplicada de várias formas construtivas”, mas com a existência de uma regulamentação.

Apesar de defender a regulamentação das criptomoedas, o banco manteve uma posição de cepticismo em relação ao uso de criptomoedas como uma alternativa aos meios de pagamento. A instituição acredita que esses activos possuem “falhas inerentes” que impedem a adopção e uso por parte das pessoas com esse objectivo.

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