A Cardano é uma blockchain de código aberto maleável e ágil, criada para ser uma alternativa à Ethereum. A plataforma opera por meio do mecanismo de proof-of-stake (PoS), o que significa dizer que exige a contribuição entre os usuários para emitir e validar os processos internos.

Desenvolvida em camadas para executar aplicativos financeiros usados em todo o mundo, a Cardano pode ser usada para enviar e receber criptomoedas, garantindo transferências rápidas e directas, protegidas através de um sistema de encriptação.

A sua criptomoedas nativa é a ADA, uma das principais criptomoedas do mercado, ocupando a 7ª posição no ranking da CoinMarketCap. Ela funciona como moeda operacional, uma vez que é utilizada para recompensar os usuários da rede Cardano. Já em comparação à sua concorrente, a Ether (ETH), a cripto apresenta características próprias, a começar pela filosofia.

Enquanto a cripto da Ethereum se vende como um sistema operacional, a ADA é orientada por pesquisa científica. Outra diferença é a política monetária: a Cardano tem emissão fixa de 45 bilhões de ADAs, enquanto o suprimento de ETH é infinito.

O objetivo principal da blockchain é fornecer tecnologia escalável, segura e robusta para a execução de aplicativos financeiros que podem ser usados com segurança por milhões de consumidores diariamente. Por isso, ela é igualmente capaz de suportar aplicativos descentralizados (dApps) e contratos inteligentes complexos.

Criação da rede Cardano

A Cardano desenvolvida em 2015 e só foi realmente lançada ao mercado em 2017, pelo americano Charles Hoskinson, um dos cofundadores da Ethereum e actual CEO da IOHK (Input Output Hong Kong), empresa que responde pela blockchain.

A ADA foi também designada“Ethereum japonesa”, já que 90% dos seus investidores eram residentes do Japão, China e outros países do leste asiático. O projecto foi financiado por esse público, tendo ganhado consequentemente espaço no ocidente.

Como funciona a Cardano?

Tanto a Cardano como a criptomoeda ADA possuem características parecidas com outras blockchains do mercado – como a Ethereum e a Polkadot, por exemplo. Entretanto, há diferenciais que a fazem uma alternativa interessante para quem busca uma segunda opção de rede descentralizada.

A Cardano segue um modelo ligeiramente diferente em comparação com outras blockchains. Uma das principais características da Cardano é sua arquitetura em camadas distintas: a camada de liquidação e a camada de competição.

A camada de liquidação é responsável por processar as transacções e manter o registo da contabilidade. Ela permite que os consumidores enviem e recebam tokens Cardano (ADA), de uma carteira para outra. Ele usa um método semelhante que é empregado pelo Ether.

Por outro lado, a camada de computação é responsável por executar os contratos inteligentes, permitindo aos usuários editar e reescrever os códigos da plataforma.

Características da Cardano

Como é possível observar, a rede Cardano tem diversas particularidades quando comparada a outras blockchains consagradas do mercado. Além das apresentadas anteriormente, é possível apontar outras características marcantes, como:

Proof-of-stake – Esse mecanismo permite uma série de vantagens para a rede, como transações mais rápidas e mais baratas. Além disso, o proof-of-stake é conhecido por ser uma medida mais sustentável de emissão e controle de criptomoedas.

Escalabilidade – a rede tem capacidade de se comunicar com outras blockchains, permitindo “dividir” a força operacional e agilizar diversas tecnologias e protocolos.

Valor da ADA desde o seu lançamento 

Quando lançada, a ADA tinha o seu valor de mercado na casa dos centavos de dólar, valendo apenas US$ 0,02593. Durante o seu primeiro ano de lançamento, a moeda chegou a atingir o valor de US$ 1,0797, porém isso não se manteve por muito tempo.

O ponto mais alto da ADA Cardano, até o momento, foi em maio de 2021, quando atingiu seu valor de cotação mais elevado: US$ 2,3091.

Conclusão

A criptomoeda ADA representa a terceira geração de criptomoedas, uma vez que veio depois do Bitcoin e do Ethereum. Essa terceira onda culminou na expansão da tecnologia blockchain para aplicações diversas, como tokens do metaverso e os NFTs de jogos play-to-earn.

Por ser uma criptomoeda que usa o protocolo de Prova de Participação (Proof of Stake), não é possível minerar a Cardano (ADA). A única forma de receber essa moeda de forma similar à da mineração é comprar uma participação.

As tecnologias presentes na Cardano (ADA) abrem espaço para uma nova geração de criptomoedas melhoradas e com plataformas de blockchain bem mais eficientes. Por isso, de qualquer forma, é correcto dizer que essa moeda merece, sim, a sua atenção.

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