O Bitcoin continuou a sua marcha ascendente esta semana, atingindo uma máxima de seis semanas de US$ 88.900 durante as negociações da manhã de terça-feira na sessão Asiática.
É o maior valor do ativo desde 7 de março, de acordo com o Coinmarketcap, e representa um ganho de 18% desde sua mínima de 2025 de US$ 75.000 no início deste mês.
O Bitcoin parece ter se correlacionado novamente com o ouro, que atingiu uma máxima histórica logo abaixo de US$ 3.500 esta semana, à medida que os investidores migram para ativos de refúgio seguro.
Stonks a afundarem
O Bitcoin continua a mostrar sinais de desconexão do mercado financeiro mais amplo , que está “extremamente otimista”, disse o fundador do Satoshi Action Fund, Dennis Porter.
Os mercados de ações dos EUA começaram a semana no vermelho, com perdas diárias de cerca de 2,5% nos três principais índices, o S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones.
O presidente Donald Trump e o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, continuaram a se enfrentar, com o banqueiro central sendo rotulado de “grande perdedor” por Trump por não reduzir as taxas de juros.
O S&P 500 já eliminou US$ 2,5 trilhões desde a máxima de 9 de abril, após a “pausa” tarifária de 90 dias, observou a Carta de Kobeissi.
No dia 20 de abril, a China alertou que os países que cooperarem com os EUA de maneiras que comprometam seus interesses sofrerão retaliações.
Em 21 de abril, o primeiro-ministro japonês afirmou que seu país não continuará cedendo nas negociações tarifárias com os EUA. “Se o Japão ceder em tudo, não conseguiremos garantir nossos interesses nacionais”, disse Shigeri Ishiba.
“Os EUA estão a tentar cometer suicídio econômico, e todos estão a se desfazer de ativos americanos em resposta”, opinou o economista Alex Krüger.
O Ouro e Bitcoin estão a se alinhar pela primeira vez em meses, observou a Carta Kobeissi. Desde 7 de abril, o metal amarelo subiu mais de 15%, enquanto o BTC valorizou mais de 18%.
“Os mercados estão precificando a fraqueza do dólar americano e mais instabilidade”, disse antes de acrescentar: “Os títulos não são mais um porto seguro preferencial”.
