Outubro começou com grandes promessas com a alta dos preços, novos recordes e a continuação da tendência de alta. E, de fato, cumpriu as expectativas na primeira semana. O preço do Bitcoin, que já vinha se recuperando no final de setembro, ultrapassou os US$ 120.000, sua máxima histórica anterior, e estabeleceu um novo recorde de pouco mais de US$ 126.000.

Mas então tudo começou a dar errado para todo o mercado de criptomoedas, e o BTC esteve na linha de frente das perdas, especialmente em duas sextas-feiras sangrentas. Mais precisamente, o maior ativo digital despencou de mais de US$ 121.000 para US$ 101.000 (em algumas corretoras) no dia 10 de outubro e, apesar de uma breve tentativa de recuperação, caiu novamente para US$ 104.000 uma semana depois.

O mês prosseguiu com alguns desenvolvimentos mais positivos, como números de inflação abaixo do esperado para setembro, cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve dos EUA e notícias promissoras sobre um acordo comercial entre Washington e Pequim. Esses fatores ajudaram o BTC a recuperar parte do terreno perdido, mas não tanto quanto muitos esperavam, e o ativo ainda fechou outubro, um mês historicamente de alta, com leve queda.

Com uma queda de 3,69% em outubro de 2025, o BTC interrompeu uma sequência de seis anos de meses positivos. Dados da CoinGlass mostram que o ativo registrou ganhos de dois dígitos em cinco dos seis meses de outubro anteriores, com a única exceção sendo o mercado de baixa em 2022.

Precisamos voltar a outubro de 2018 para ver o último mês com queda de preço semelhante, que foi bastante parecido com a edição de 2025. Naquela época, o BTC fechou com uma queda de 3,83%. No entanto, o que se seguiu foi bastante doloroso e, se a história se repetir, sugere que o BTC pode despencar para até US$ 70.000 em novembro.

Em novembro de 2018, um mês após o outubro vermelho anterior, o preço do bitcoin despencou 36,57%. O mercado de baixa de 2018 foi particularmente prejudicial, culminando com uma queda abaixo de US$ 3.000 em dezembro, que também registrou um declínio de 5%.

É claro que o cenário agora é completamente diferente. O BTC não é mais apenas uma “moeda falsa da internet”; em vez disso, é um gigante multibilionário apoiado por instituições, investidores proeminentes e até governos. Além disso, sabemos que o histórico não é uma ferramenta adequada para prever preços, mas ainda vale a pena observá-lo, considerando os movimentos do BTC em novembros do passado, após um outubro sangrento.

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