Marcos Galperin, bilionário argentino e CEO da plataforma de comércio electrónico, Mercado Libre, diz que o Bitcoin (BTC) é uma reserva de valor melhor do que o ouro. Mas, o bilionário acha que a criptomoeda não substituirá a moeda fiduciária devido ao alto “custo de energia necessária para processar as suas transferências”.

Galperin, que tem um patrimônio líquido estimado em 7,7 bilhões de dólares, fez o comentário em resposta a uma consulta de um usuário do Twitter. O usuário queria saber se o bilionário era titular de BTC e também queria saber a sua opinião sobre a possibilidade de a Argentina adoptar criptomoedas.

Embora Galperin rejeite a ideia das criptomoedas substituírem as moedas fiduciárias, ele diz que a “computação quântica” pode resolver o desafio dos altos custos de energia que ele acredita que aflligem a rede Bitcoin.

Mas, as afirmações de Galperin sobre os custos de energia da rede Bitcoin geraram uma resposta imediata dos bitcoiners. Por exemplo, respondendo ao comentário do bilionário, um usuário chamado Martín Morando concorda com a primeira parte dos comentários de Galperin. Mas, o usuário é rápido em explicar ao bilionário que o seu entendimento sobre a mineração de bitcoin pode não estar correcto.

Morando diz que “o custo da energia não é um problema, faz parte da combinação”. Ele acrescenta que “a maior parte da energia utilizada é renovável”. Para concluir, Morando encaminhou o bilionário a um site que ajuda a compreender o porquê da energia não ser um problema na mineração de Bitcoin.

Apesar dos argumentos apresentados por  Marcos Galperin, muitos usuários mostraram-se cépticos quanto a ideia de que a computação quântica provaria ser fundamental para acelerar a adopção do Bitcoin.

Enquanto isso, os relatórios financeiros da Argentina dão conta que o Estado vai imprimir mais dinheiro para colmatar a crise. Alguns especialistas acreditam que a injeção planeada da Argentina de 12 bilhões de dólares em dinheiro novo, que é menos do que os 16,4 bilhões de dólares injetados em 2020, agravará ainda mais a situação actual do país. Em dezembro de 2020, a Argentina registou uma taxa de inflaçãoinflação de 40% e a moeda desvalorizou  94% em relação ao dólar americano.

De acordo com um relatório, os especialistas econômicos prevêem que a injecção planeada de dinheiro novo resultará na depreciação significativa do Peso Argentino e numa taxa de inflação ainda mais alta. Portanto, para escapar da esperada depreciação da moeda, os especialistas estão a incentivar os argentinos a usarem a moeda local, peso, para comprarem Bitcoin”.


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