Tom Jessop, o chefe da Fidelity Digital Assets, afirmou recentemente que a adopção e o amadurecimento das criptomoedas e a inclusão dos activos digitais numa classe de investimentos potenciais deverá aumentar muito nos próximos anos.
A concretização desta previsão seria uma indicação de que as criptomoedas terão finalmente convencido os reguladores e os financiadores a vê-las como algo mais do que activos marginais.
Por outro lado, também significaria que os reguladores reconheceram-nas como uma fonte confiável de renda, negociação e uma parte vital de qualquer economia.
Aumento da taxa de adopção de criptomoedas
O chefe da Fidelity afirmou que o aumento da adopção deve-se a 3 elementos fundamentais:
- As taxas de juros extremamente baixas;
- O ambiente socio-econômico impulsionado por políticas de enriquecimento rápido;
- E o medo de perder.
Estes elementos ajudaram o Bitcoin e as criptomoedas de modo geral a ganharem força considerável nos últimos anos.
As criptomoedas, segundo o chefe da Fidelity, estão, portanto, a ser vistas como alternativas viáveis para os activos que estão cada vez mais caros e nem sempre oferecem os maiores retornos sobre os investimentos (ROI).
Tecnologia blockchain e descentralização, o ponto forte das criptomoedas
As criptomoedas são, por natureza, muito voláteis e imprevisíveis, mas existem duas razões principais pelas quais os investidores estão dispostos a correr os riscos:
A primeira é que as criptomoedas utilizam a tecnologia blockchain e, portanto, há menos chance do usuário ter os seus dados hackeados ou roubados. Apesar das fugas de dados por conta de roubo de informações pessoais levadas a cabo por malfeitores ainda serem uma realidade.
Neste ponto em específico, há já fortes medidas adicionais a serem adoptadas por muitas exchanges de modo evitar as fugas, tais como a introdução de autenticação de dois fatores e várias senhas.
Voltando ao ponto inicial, a tecnologia blockchain também regista cada transacção feita nela e, portanto, é muito improvável que o usuário perca qualquer informação neste sentido também.
A segunda razão para os investidores arriscarem tudo deve-se ao facto das criptomoedas serem descentralizadas. O que exclui no seu ecossistema a presença de governos, bancos ou outros órgãos reguladores de terceiros.
Esta natureza descentralizada é, aliás, uma das razões que levou muitas instituições financeiras a taxarem as criptomoedas como sendo algo negativo, porque não sendo controladas por nenhuma entidade central, não há formas de impor normas da sua utilização.
O Bitcoin é actualmente a maior criptomoeda do mundo, contando com uma valorização de mercado de 1 trilhão de dólares e um preço acima dos 55.000 dólares por unidade.
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