O Director de Sistemas de Pagamentos do Banco Nacional de Ruanda, John Karamuka, sugeriu que o banco está a estudar as possibilidades para a emissão de uma moeda digital de banco central (CBDC).

Vários países ao redor ao do mundo estudam actualmente projectos para emitir as suas próprias moedas centrais digitais.

John Karamuka, Director de Sistemas de Pagamentos do Banco Nacional de Ruanda

O director disse ao The New Times, um portal de notícias local, que o banco está a avaliar os aspectos económicos e financeiros, bem como o modelo operacional, tendo em consideração o contexto local.

O Director de Sistemas de Pagamentos do Banco Central de Ruanda, John Karamuka disse:

O estudo também analisa as implicações do CBDC na política monetária e na estabilidade financeira.

Estamos a fazer benchmarking em países que estão em estágios mais avançados que nós”

Karamuka observou que no momento não há muito que se diga em termos de padrões globais e benchmark confiáveis. O director declarou:

Estamos a fazer benchmarking em países que estão em estágios mais avançados, para aprender experiências positivas e negativas. 

 

Estamos nos baseando nos trabalho realizado por instituições internacionais como o Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, Fórum Econômico Mundial, entre outros.

Benchmarking é uma análise feita por uma organização sobre as melhores estratégica utilizadas por outras empresas do mesmo sector.

Entusiastas não estão confiáveis sobre a possível CBDC

Entusiastas de criptomoedas e de blockchain disseram que é importante analisar os atributos e as potenciais implicações, dado o grande impacto que ela terá no país e na região.

Norbert Haguma, presidente da Rwanda Blockchain Association, falou sobre alguns aspectos que precisam ser examinadas durante o período de avaliação para saber se uma CBDC seria realmente valiosa ou não.

Haguma explicou que uma CBDC deve reter os melhores atributos de dinheiro e soluções de e-wallet existentes. Ele disse:

Dinheiro pode ser trocado offline, sem restrições ou taxas, enquanto pagamentos digitais como dinheiro móvel permitem transferências instantâneas de longa distância

O empresário disse também que o banco central é responsável pela inclusão financeira de todos os ruandeses, portanto, espera-se que a solução adotada seja aplicada às diferentes categorias de usuários.

Outro aspecto que Haguma abordou diz respeito a interoperabilidade. Qualquer solução deve pelo menos funcionar com o AfCFTA (Zona de Comércio Livre Continental Africana), adicionou.

Norbert Haguma, presidente da Rwanda Blockchain Association

Por fim, ele questionou se uma CBDC ajudará realmente a Ruanda a tornar-se um centro financeiro e tecnológicob e o país pretende desenvolver alguma, se não toda a tecnologia CBDC localmente?

No momento, não há resposta para os questionamentos de Haguma, no entanto, espera-se que em breve o banco possa dar maior esclarecimento sobre elas.


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