O CEO da Yetubit, Euclides Manuel, esteve à conversa com o jornalista queniano David Gitonga, do site BitcoinKE, para abordar a questão criptoeconómica de Angola e vários outros temas a volta das criptomoedas, blockchain, fintechs e regulamentação nas terras de Njinga Mbandi.

A conversa, que durou 32 minutos e 25 segundos, centrou-se, como era esperado, em 4 temas fundamentais: criptomoedas, blockchain, fintechs e regulamentação.

Contudo, também foran feitas abordagens sobre o estado actual da economia angolana, sobre o crescimento das fintechs e sobre:

  • Yetubit e YetuSwap;
  • Os primeiros passos de Euclides Manuel no espaço cripto e blockchain;
  • A adoção das criptomoedas em Angola.

Abaixo segue o vídeo completo da entrevista feita em língua inglesa.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=SAgWEAkY7xk]

Espaço fintech em Angola e regulamentação

Sobre as fintechs, o CEO da Yetubit destacou logo no início algumas empresas, como a Soba, Lwei, Aki e, claro, a Yetubit, que operam e vêm se destacando neste espaço, apesar das três primeiras não lidarem com criptomoedas.

Contudo, Euclides Manuel observou que estas empresas crescem a um ritmo lento. Segundo o CEO da primeira exchange angolana, isto ocorre por causa dos entraves criados pelos reguladores e pelo próprio sistema financeiro local.

Como exemplo destes entraves, Euclides Manuel mencionou a taxa actual necessária para a obtenção de uma licença para uma fintech (por exemplo uma exchange) operar no mercado local: 70 milhões de kwanzas, cerca de 100 mil dólares.

Ou seja, nesta matéria os empreendedores são tratados ao mesmo nível que as grandes instituições bancárias do país, o que não é justo nem adequado para o desenvolvimento das fintechs.

Sobre este tratamento, Euclides Manuel esclareceu que isto deve-se o facto de não haver actualmente uma legislação sobre a actuação legal das fintechs no mercado.

Mas, observou que recentemente, tal como anunciado pelo Bitcoin Angola, o Banco Nacional de Angola afirmou que já estuda o assunto. Portanto, o país poderá contar com uma lei desta natureza nos próximos anos.

Um país com grandes oportunidades

Apesar das observações feitas inicialmente, o CEO da Yetubit admitiu que Angola possui grandes oportunidades para empresas que utilizam a tecnologia para gerar soluções inovadoras nos diferentes produtos e serviços do mercado financeiro, como é o caso das fintechs.


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