As autoridades das Ilhas Seicheles receberam vários pedidos para investigar transferências de mais de 200 mil Bitcoins envolvendo a fundadora do esquema ponzi OneCoin, Ruja Ignatova, e vários dos seus associados.

De acordo com um meio de comunicação local, a Unidade de Crimes Financeiros da Polícia das Ilhas Seychelles recebeu pedidos para investigar recentes transacções que envolve uma transferência de 230.000 Bitcoins entre Ruja Ignatova e vários associados seus.

Ruja Ignatova trocou dinheiro e propriedades no valor de 10 bilhões de dólares

Ruja Ignatova, fundadora da OneCoin

Conforme a matéria do Seychelles News Agency, as vítimas do esquema ponzi OneCoin suspeitam que estes Bitcoins fazem parte dos mais de 4 bilhões de dólares que a a empresa de todos os investidores de 175 países que investiram no projecto.

A matéria relata também que Ruja Ignatova trocou dinheiro e propriedades no valor de de mais de 10 bilhões de dólares em conjunto com os seus associados.

Em nota, o advogado dos reclamantes, Jonathan Levy disse:

O uso indevido da jurisdição das Ilhas Seychelles e o envolvimento de funcionários públicos para cometer o crime cripto do século põe em questão o uso das Ilhas Seychelles por outros empreendimentos de criptomoedas, incluindo a maior exchange de criptomoedas do mundo, Binance, que faz uso extensivo das Ilhas Seychelles como uma sede da empresa.

Jonathan Levy seguiu dizendo:

Se as Ilhas Seychelles não tem a capacidade de regular transacções de criptomoedas no valor de bilhões, então existem sérios problemas de combate à lavagem de dinheiro levantadas sobre as empresas de criptomoedas que optam por basear as suas operações lá.

OneCoin, um dos maiores esquemas ponzi do universo cripto

O pedido de investigação segue as reivindicações feitas pelas vítimas na Inglaterra, Irlanda e Bélgica contra a empresa OneCoin após 500 milhões de dólares da OneCoin terem sido descobertos recentemente em contas bancárias no Dubai . 

A OneCoin tornou-se o nome de um esquema ponzi de criptomoeda que prometia mudar o mundo e assumir o controlo do Bitcoin, arrecadando com essa proposta 4 bilhões de dólares de investidores em todo o mundo. Pouco tempo depois, em 2017, a fundadora do projecto desapareceu em função das acusações que pesavam sobre si.

Métodos utilizados no esquema

Inicialmente, a empresa operava como uma rede de marketing multinível, cujo objectivo principal era investir num novo tipo de criptomoeda.

A OneCoin adoptou uma estrutura de referência para fazer com que os seus muitos participantes atraíssem novos membros para investirem activamente no projecto em troca de juros.

Após o sucesso com esta estratégia, lançou a criptomoeda OneCoin, a qual apelidou de criptomoeda superior ao Bitcoin, ou simplesmente “Matadora do Bitcoin“.

Konstantin Ignatov, CEO da OneCoin

Segundo a empresa, a criptomoeda OneCoin só poderia ser minerada em servidores operados por eles próprios e que o preço da moeda se baseava na oferta e na demanda do mercado.

Apesar da prisão do CEO da OneCoin, Konstantin Ignatov, em maio de 2019, e dos detalhes criminais que continuam a surgir sobre a OneCoin, o esquema ainda continua a atrair novos membros e o método de ‘mineração’ da moeda mantém-se.


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