Neste artigo, vamos explorar o que é tokenização, como ela funciona e como está revolucionando a forma como os ativos podem ser emitidos, gerenciados e negociados.

Por que a tokenização é revolucionária?

Hoje em dia o gerenciamento de ativos tradicional é um processo trabalhoso que frequentemente requer o envolvimento de vários intermediários. Ativos como ações, títulos, propriedades ou mesmo terrenos podem ser proibitivamente caros e demorados para gerenciar, colocando-os fora do alcance da grande maioria da população mundial. Além do mais, a gestão tradicional de ativos normalmente envolve acordos legais complexos e muita papelada, o que torna tudo muito difícil de rastrear e transferir a propriedade. É um sistema lento e complicado – e que muitas vezes carece de transparência suficiente para evitar fraudes e outras formas de corrupção.

Agora pensa numa nova maneira radical de pensar sobre o gerenciamento de ativos – uma reimaginação do que é possível no mundo financeiro e tecnológico, uma forma imutável em um blockchain auditável. É disso que a tokenização trata!

O que é tokenização?

Algo que representa outra coisa, [e] pode ser renderizado em qualquer tipo de form. De acordo com Joseph Lubin, cofundador da Ethereum e fundador do estúdio de blockchain ConsenSys, um token “Pode ser um pedaço de papel. Pode ser uma ideia. É um símbolo que representa algo”, disse ele. “Sua carteira de motorista, por exemplo, é um token indexado em um livro-razão que o estado mantém sobre quem pode dirigir”. 

Um token baseado em blockchain pode ser entendido como um tipo de recibo digital para uma fatia de um ativo. Mas, ao contrário dos recibos antigos, esses tokens são registrados de forma imutável em um blockchain auditável.

Casos de uso de tokenização

Existem dois tipos de tokens: os tokens de utilidade e os tokens de segurança.

Tokens de utilidade são ativos digitais que dão aos seus proprietários acesso a produtos ou serviços produzidos por uma empresa. Como o rótulo indica, esses tokens devem ser usados para algo, em vez de mantidos ou negociados. Por exemplo, um token de utilidade pode fornecer acesso a um serviço futuro.

A Brave Software, criadora do navegador Brave com foco na privacidade, criou o Basic Attention Token, ou BAT – um token de utilidade projetado para o setor de publicidade que monetiza a atenção dos usuários da web.

Tokens de segurança, por outro lado, são ativos digitais que representam algum tipo de investimento, como uma ação em uma empresa, um direito de voto na forma como a empresa opera, uma unidade de valor ou alguma combinação dos três. Esses tokens também podem representar partes de ativos do mundo real, como ouro, carros clássicos ou royalties de sua música pop favorita.

A Securitize , uma startup criptográfica apoiada pela principal exchange de criptomoedas dos EUA, Coinbase, é uma dessas empresas especializada na emissão e gestão de títulos digitais, com o objetivo explícito de ajudar os emissores de tokens a permanecerem em conformidade.

Além dos tokens utilitários e de segurança, também existem tokens especiais não fungíveis, conhecidos como NFTs. Esses tokens representam colecionáveis digitais exclusivos, como aqueles CryptoKitties contagiosamente fofos que derrubaram a rede Ethereum no final de 2017.

A promessa da tokenização reside em seu potencial de democratizar o acesso a ativos digitais, bem como em sua capacidade de fornecer responsabilidade, segurança e proveniência para esses ativos. A tokenização promete um mundo onde quase qualquer ativo ou serviço pode ser representado e armazenado em um blockchain. As possibilidades são teoricamente infinitas. Mas, assim como nos primeiros dias da Internet, estamos apenas começando a entender quais ideias são mais adequadas para essa tecnologia.

Ainda é cedo, mas a transição para um mundo tokenizado pode mudar a maneira como pensamos sobre tudo o que tem valor real.


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Estudante de Gestão em Portugal com background em Ciências da Computação da UAN. Amante de Criptomoedas e da Tecnologia Blockchain. Fundador do Bitcoin Angola e Apaixonado Pela Descentralização que a Tecnologia Blockchain Proporciona Para os Países Africanos, em Especial - Angola.

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