A informação foi prestada, quinta-feira, em Luanda, pelo vice-governador do BNA, Pedro Castro e Silva, no encerramento da apresentação do estudo “Banca em Análise 2023” da consultora Deloitte. Pedro Castro e Silva disse mesmo que, até finais do 3º trimestre, a moeda angolana deverá ser colocada no sistema de pagamentos da SADC, fruto do acordo assumido pelos bancos centrais da região.

Esta medida visa descontinuar os correspondentes bancários do processo, pois tal obriga a que os cidadãos angolanos, através do sistema bancário tenham de obter divisas para suportar despesas em deslocações em ambos os mercados. O mesmo acontece com aqueles dois países no caso de realização de quaisquer operações com Angola.

“Sempre que temos de importar, inclusive a partir de países da SADC, esse processo de importação é pago em dólares, através de bancos correspondentes sedeados em Nova Ioque, e isso aumenta o custo da transacção. Esta foi então uma das formas que encontramos entre os congéneres da SADC de como usar usar os nossos sistemas de pagamentos e tornar mais céleres e mais económicos os processos de importação”, detalhou Pedro Castro e Silva.

Assim, vai-se permitir que quem quiser comprar na região possa usar a respectiva moeda nacional mesmo no outro país. O vice do BNA disse ainda que os acordos prevêem também a interligação dos sistemas de transferência instantâneas.

“Vamos colocar o Kwanza no sistema de pagamentos da SADC, na perspectiva de poupar custos e não passar por correspondentes em dólares e, deste modo, contribuir para o aumento das trocas comeciais ao nível da região Austral”, afirmou.

De acordo com o bancário, o BNA mantém-se focado na estabilidade financeira do mercado e isso implica também o acompanhamento à saúde financeira dos bancos, para que estes possam continuar a prestar serviços à sociedade.

Taxa de câmbio

Relativamente ao tema da taxa de câmbio, o vice-governador do Banco Nacional de Angola, Pedro Castro e Silva, fez saber que, neste momento, é visível que o mercado já terá encontrado um ponto de equilíbrio entre a procura e a oferta de divisas, o que terá fixado o câmbio a volta dos pouco mais de 820 kwanzas/dólar.

Um eventual retorno a níveis anteriores da taxa de câmbio, disse, dependerá em muito do aumento da produção interna, que permitirá ao país deixar de importar só alimentos nos actuais níveis de cerca de 200 milhões de dólares/mês. Lembrou que este cenário pressiona as reservas do país e reduz a sua capacidade de cumprir com outros compromissos.


LEIA TAMBÉM


5 Diferenças e Semelhanças Entre Threads e Twitter

Binance está Pronta para Queimar 1,99 Milhão de Tokens BNB na 24ª Queima Trimestral

Share.
Leave A Reply

Exit mobile version