A Nigéria, maior economia africana, tornou-se no segundo maior mercado de Bitcoin ponto a ponto (P2P) da Paxful. Recentemente, a Paxful partilhou uma análise na qual afirma que a Nigéria negociou 60.215,7 BTC. Subindo assim para o segundo lugar, uma vez que os Estados Unidos transacionaram 535.660,3 Bitcoins no mesmo período.

Como a Nigéria, o Quênia também vem registando números interessantes, tendo negociado 5.894 Bitcoins no mesmo período. Com isso, o país posiciona-se em oitavo lugar na lista dos mercados mais activos de Bitcoin em todo o mundo. Mas, a nível de África, o Quênia está em segundo lugar, perdendo apenas para a Nigéria.

Dificuldades em enviar e receber dinheiro  no exterior aumentaram a adopção do BTC

Os nigerianos vêm enfrentando várias dificuldades e restrições no envio e recepção de dinheiro no e para o exterior. Ray Youssef, CEO e co-fundador da Paxful, disse que os desafios que o país enfrenta em termos de liquidez internacional são uma das razões para este sucesso do BTC.

Segundo os dados da Paxful, mesmo os EUA estando no topo das negociações de Bitcoin, o país registou um declínio de 32% em 2020. Enquanto, as Filipinas, por seu turno, registraram um aumento de 7.339% no comércio de Bitcoin no mesmo ano.

Bitcoin tornou-se uma alternativa ao dinheiro físico

Brian McCabe, chefe do Market Insights da Paxful, disse que a principal razão deste enorme aumento nos volumes de Bitcoin é a recessão causada pela pandemia da COVID-19. 

Se as moedas emergentes continuarem a sofrer pressão e as pessoas sentirem-se incapazes de preservar a riqueza nas suas moedas fiduciárias, o bitcoin poderá, mais uma vez, tornar-se a alternativa.

Brian McCabe

Neste período, as pessoas começaram a ver as criptomoedas não apenas como uma alternativa ao dinheiro tradicional, mas também como uma opção de ganhar dinheiro e aumentar a riqueza.

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