O presidente da Reserva Federal dos EUA (FED), Jerome Powell, disse que os EUA não têm pressa em lançar um dólar digital, afirmando que o status do dólar como moeda de reserva mundial de facto proporcionará à nação a “vantagem do pioneirismo”, não importando as políticas que as outras nações adoptem neste sentido.

“Como somos a moeda de reserva mundial, achamos que precisamos ter a moeda digital certa. Não sentimos o desejo ou a necessidade de ser os primeiros. ”

Jerome Powell – Via Webinar

Powel disse também que havia sobre a emissão de uma moeda digital do banco central algumas questões por resolver e muitos custos. O homem forte da FED disse ainda que a Reserva Federal pretende lançar um programa de “alcance” para o sector financeiro de modo a avaliar se as partes interessadas realmente “precisam um dólar digital, e entender como isto ajudaria a indústria.

Jerome Powell reiterou as suas afirmações anteriores de que os EUA está determinado a “fazer isso direito, em vez de rapidamente, e isso levará algum tempo, medido em anos, em vez de meses”.

Mas, os argumentos de Powell parecem sugerir que a crescente adopção das criptomoedas e outros activos digitais poderiam forçar a instituição que dirige a emitir o dólar digital mais cedo que o esperado. Na sua exposição, Powell disse:

Uma vez que o lançamento da criptomoeda do banco central é possível e o sector privado já está a fazê-lo, acho que isso é algo que devemos levar muito, muito a sério.

As afirmações de Powell parecem convergir com as dos economistas do Banco Central Europeu  (BCE) que no final do ano passado, sugeriam que os países que perderem a corrida para a emissão de uma moeda digital do banco central poderão pagar por um preço a médio prazo, e poderão mesmo perder o controlo das suas próprias políticas monetárias em função do resultado dos seus concorrentes ou países vizinhos.

Os economistas alertaram que os primeiros a lançarem uma CBDC teriam uma vantagem significativa. Mas, num artigo recente, Martin Chorzempa, pesquisador do Peterson Institute for International Economics, disse:

Os mercados emergentes como a China têm maior probabilidade de perceber os benefícios da emissão de uma CBDC, enquanto economias de alta renda como os Estados Unidos estão a adoptar uma abordagem mais gradual que minimiza possíveis interrupções”.

No entanto, Chorzempa alerta que uma desvantagem da estratégia da FED é que ela não terá o conhecimento prático de aprender a fazer, algo que a China já está a conseguir neste período.


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