O Banco Central da Nigéria (CBN) vai designar a sua criptomoeda do banco central (CBDC) como uma infra-estrutura nacional crítica a fim de protegê-la dos riscos operacionais e de segurança cibernética, informou nesta terça-feira o CBN.
Segundo um site local, que cita um relatório do CBN, a moeda digital da Nigéria, também conhecida como e-naira, coexistirá inicialmente com os sistemas de pagamento tradicionais.
O banco central nigeriano espera que esta estratégia ajude a lidar mais facilmente com os riscos de interoperabilidade que podem estar associados à implementação do e-naira.
O relatório revela também que o CBN aplicará mecanismos regulatórios e de conformidade para evitar o que chama de “competição disruptiva por dinheiro electrônico”.
Parceria público-privada entre o banco central e as instituições reguladas
O relatório do CBN esclarece que a emissão do e-naira levará à criação de um acordo de parceria público-privada entre o banco central e as instituições reguladas.
Conforme o relatório, o CBN estará encarregado de projectar e distribuir a moeda digital às instituições regulamentadas, como parte do acordo. Por seu turno, estas instituições fornecerão a moeda digital às pessoas e às empresas.
Custos VS benefícios
Relativamente aos custos e aos benefícios da implementação do e-naira, o banco central prevê que o lançamento aumentará a eficiência nas operações e compensará os custos iniciais de implantação.
Por outro lado, o banco central nigeriano considera que o risco de desintermediação financeira será minizado através da imposição dos limites às participações em e-naira.
Este é, de todos, o primeiro relatório detalhado sobre os planos do CBN para com o e-naira, trazendo consigo informações mais esclarecedoras do funcionamento da moeda digital do banco central nigeriano, prevista para ser lançada no dia 1 de outubro próximo.
LEIA TAMBÉM
Poly Network Sofre Ataque Cibernético e Perde mais de 600 Milhões de Dólares em Criptomoedas
Italianos Usam Criptomoedas Para Pagar Cartões de Vacina da Covid-19
Ninguém mais Acredita em Moedas Fiduciárias, Afirma Empresário Sul-africano