O Egipto é um país localizado na região Norte de África. É atravessado pelo maior rio do mundo, o Nilo, e possui um clima extremamente árido e relevo que varia de plano e ondulado, a leste, e montanhoso, no oeste. Com mais de 100 milhões de habitantes, o Egipto é um país essencialmente agrário, cuja economia dependente da exploração de petróleo e da agricultura.

A constituição egípcia proclama a República Árabe do Egipto como um estado democrático, tendo o Islão como religião oficial e o árabe como língua nacional. Reconhece a propriedade pública e privada e garante a igualdade de todos os egípcios perante a lei e a sua protecção contra a intervenção arbitrária do Estado no processo legal.

O país garante também o direito do povo à reunião pacífica e o direito de se organizar em associações ou sindicatos e de votar. Proíbe a formação de partidos políticos baseados na religião.

Dados gerais do Egipto

  • Nome oficial: República Árabe do Egito
  • Gentílico: egípcio
  • Extensão territorial: 1.002.000 km² (ONU, 2020)
  • Localização: África Setentrional
  • Capital: Cairo
  • Clima: Árido e Desértico
  • Governo: república semu presidencialista
  • Divisão administrativa: 27 províncias
  • Idioma: árabe
  • Religiões:
    • islamismo: 90%
    • cristianismo (diversas vertentes): 10%
  • População: 113 milhões habitantes (ONU, 2020)
  • Densidade demográfica: 102,8 hab./km² (ONU, 2020)
  • Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,707
  • Moeda: Libra egípcia (EGP)
  • Produto Interno Bruto (PIB): US$ 394,28 bilhões (FMI, 2021)
  • PIB per capita: US$ 3830 (FMI, 2020)
  • Fuso horário: GMT +2
  • Relações exteriores:
    • ONU
    • FMI
    • Banco Mundial
    • União Africana
    • Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo (Opaep)

População do Egito

O Egito possui mais de 100 milhões de habitantes, o que o torna no terceiro maior país do continente africano em termos populacionais e está entre os vinte maiores países em população do mundo. Com extensão territorial de mais de 1 milhão de quilômetros quadrados, a distribuição populacional no país é da ordem de 102,8 hab./km².

A maior parte dos egípcios vivem em cidades próximas do curso do Nilo, concentrando-se especialmente nos centros ao norte, onde está situado o delta do rio. Além do fácil acesso à água para o uso e abastecimento residencial, é uma área extremamente fértil e propícia ao desenvolvimento agrícola. Apresenta uma alta taxa de densidade demográfica.

O país é urbanizado. As maiores cidade do Egipto são a capital, Cairo, com quase 10 milhões de habitantes, além de Alexandria, Gizé e Xubra Queima, todas com mais de um milhão de habitantes. O país possui um índice de desenvolvimento humano elevado, porém apresenta grande desigualdade social entre a sua população.

A população egípcia é maioritariamente descendente de povos árabes, com pequena parcela de descendência europeia e sul-africana. A maior parte da população local é praticante do islamismo.

Economia e recursos do Egipto

O Egito é uma das principais economias da África. A sua economia se baseia principalmente na exploração de petróleo. O Egipto possui diversas refinarias de petróleo, duas das quais estão localizadas na província de Suez.

No entanto, o país tem uma economia bastante diversificada, concentrada em actividades de comércio e logística, agricultura e nergia renovável. A agricultura egípcia é largamente praticada nas margens do Rio Nilo, em razão da disponibilidade de água e umidade nessa região.

A mineração é outro ramo do sector primário importante para o país, com destaque para a exploração de minerais não metálicos. O Egipto é um grande produtor de petróleo e gás natural. O país é composto, ainda, pelos ramos alimentício, têxtil, da construção civil e de manufaturados leves.

A água é um dos principais recursos naturais egípcios. O acesso da população às redes de saneamento é de aproximadamente 70%, enquanto a água potável e a energia elétrica chegam a pouco mais de 98% da população, valor que inclui os moradores de áreas não urbanizadas.

Infra-estruturas do Egipto

Além das redes rodoviária e ferroviária de transporte, que são bastante extensas, o país se destaca nos transportes marítimos e fluviais. Suas hidrovias somam 3500 km, e colocam o Egito na 29ª posição entre todos os países.

Algumas das mais importantes são as hidrovias do Nilo, Alexandria-Cairo, e do lago Nasser, além do Canal de Suez, de extrema relevância para o comércio marítimo internacional, uma vez que representa uma rota mais curta entre os continentes asiático e europeu, ligando os mares Mediterrâneo e Vermelho.

Desafios do Egipto

Desde que Abdel-Fattah al-Sisi tomou o poder através de um golpe de Estado, o país tem sido caracterizado por grandes défices e gastos estatais alimentados por dívidas em projectos de infra-estrutura, alguns de valor duvidoso

Em Janeiro deste ano, a Libra Egípcia era a mmoed com pior desempenho do mundo. A libra egípcia já tinha sido desvalorizada duas vezes em 2022. A 5 de Janeiro voltou a cair, fixando-se a cerca de 30 libras por dólar, uma queda de 20%. Perdeu 50% do seu valor no ano passado.

A queda começou com a invasão da Ucrânia pela Rússia, o que fez com que os investidores retirassem cerca de 22 mil milhões de dólares em investimento no Egipto em questão de meses, o que piorou a falta de uma moeda forte.

O governo restringiu as importações para reduzir o défice comercial e voltou ao FMI para pedir outro empréstimo, o quarto desde 2016. Em junho, Muhammad Maait, Ministro das Finanças, afirmou que o país precisava de se concentrar em ter investimento estrangeiro menos inconstante, e aumentar as exportações.

Além dos problemas económicos, o país enfrenta uma grave crise política e social, que tem afectados significativamente a vida dos cidadãos. O país tornou-se também líder mundial em matéria de pena de morte. E a nova legislação, incluindo uma lei que obriga as organizações não governamentais a registarem-se junto do Estado, reduziu ainda mais o espaço para a atuação da sociedade civil ou o ativismo.

A qualidade de vida do cidadão comum egípcio está pior do que nunca. A economia está em crise, sobrecarregada com a dívida externa, com uma inflação crescente e com uma moeda que se desvalorizou quase para metade.

Estima-se que um terço dos 105 milhões de egípcios viva na pobreza. Não se sabe quando estes problemas terão fim mas espera-se que seja logo, pois o bem estar e a vida de milhares de seres humanos residentes no referido país depende agora da resolução destas crises.

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