O governador do banco central do Quênia (CBK), Patrick Njoroge, disse que o número baixo de pessoas que utilizam smartphones no Quênia pode dificultar o lançamento da moeda digital do banco central (CBDC) queniana. Isto, consequentemente fará com que muitos cidadãos a sejam excluídos do sistema financeiro.
Segundo informações do Business Daily, Patrick Njoroge teme que telemóveis com tecnologias 2G e 3G não sejam suficientes para apoiar um sistema financeiro baseado em CBDC, visto que, a implementação de uma CBDC exige no mínimo a tecnologia 4G.
“A CBDC terá um requisito mínimo de tecnologia viável, que pode ser uma espécie de ambiente de quarta geração (4G). Há um argumento a ser feito de que tal desenvolvimento poderia levar a uma maior exclusão financeira, de tal forma que algumas pessoas podem sair do sistema financeiro apenas porque adotamos uma CBDC”.
O responsável do CBK disse ainda que o banco central pode ser forçado a adiar a lançamento da versão digital do xelim, porque levar adiante o lançamento da moeda digital, provavelmente, significaria que mais de 50% dos quenianos estarão fora do sistema financeiro por não possuírem smartphone.
Conforme já relatado, o CBK pretende fazer com que a CBDC do Quênia seja inclusiva, no entanto, o baixo uso de smartphone irá contrariar o objectivo do banco central de integrar ainda mais a população que é excluída financeiramente.
Actualmente, cerca de 59 milhões de dispositivos móveis são utilizados pelos quenianos, mas, cerca fe 33 milhões deles não são smartphones ou telefones comuns. O que por si só limita os proprietários no uso da CBDC.
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